Em A Fazenda 2020, Jakelyne Oliveira reclamou que as pessoas não a aceitam como mulher negra por causa de seu cabelo liso. Segundo a modelo, que foi Miss Brasil em 2013, ela é “a miscigenação em pessoa”, já que é descendente de negros, e índios, e puxou o cabelo da parte indígena da família.
Tudo começou durante uma conversa com Lidi Lisboa em que ela comparou sua pele à de Raissa Santana, que venceu o Miss Brasil em 2016. “Ela tem exatamente o mesmo tom de pele que o meu, mas ele tem o cabelo cacheado”, disparou a ficante do sertanejo Mariano no reality da Record TV.
“As pessoas começaram a questionar por que a Raissa era negra e eu não, e disseram que era por causa do meu cabelo liso”, relembrou Jake.
“Então eu perguntei para a minha mãe o que eu sou, porque eu tenho [antepassado] negro, branco, índio… tenho tudo. E minha mãe respondeu que sou negra. Mas as pessoas não me aceitavam como negra”, continuou ela que resolveu fazer a árvore genealógica de sua família e chegou à conclusão de que é uma mistura entre índios e negros, e afirmou que seu pai é negro.
“Meu irmão é considerado negro. Ele tem o mesmo tom de pele que o meu, mas o cabelo dele é cacheado. Agora, porque eu puxei o cabelo liso da minha avó, eu não sou negra. Minha cabeça deu um nó, porque eu sempre me considerei negra. Na minha certidão de nascimento, eu sou parda. Demorei muito tempo para entender que parda não é cor”
“As pessoas viram para mim e falam: ‘Você é negra, mas tem os traços finos, né?”, relatou Lidi, sobre sua própria experiência. “Demorei 35 anos para aprender sobre o racismo velado”, afirmou a atriz. “A palavra ‘negro’ é tão pesada que as pessoas tentam te desapropriar dela. Tentam achar um motivo para não ser negro, como por exemplo o meu cabelo liso, os seus traços finos”.
Comunicólogo balzaquiano, paulistano, e com experiência vasta nesse mundo virtual. Adorador de séries, filmes, quadrinhos, e tudo o que envolve a cultura pop.
