Aline Wirley e Igor Rickli revelam episódio de racismo sofrido pelo filho

Os artistas Aline Wirley e Igor Rickli ao lado do filho, Antônio (Imagem: Reprodução/Instagram)

O ator Igor Rickli e a cantora Aline Wirley revelaram que o filho, Antônio, de apenas 5 anos de idade, já sofreu na pele o que é o racismo. Em uma entrevista concedida para o jornal Extra, o artista contou que, antes da quarentena, o casal e a criança foram a um restaurante chique na Zona Sul do Rio de Janeiro. Naquela ocasião, o menino se encantou por um cachorrinho e foi correndo para brincar com o animal.

Segundo Igor, assim que Antônio se aproximou da mesa da dona do cão, a mulher reagiu de forma racista. “Quando ele se aproximou da mesa desta senhora, louco para brincar com o cachorrinho, imediatamente ela recolheu as coisas dela, uma bolsa e um celular, com medo do meu filho. Aquilo me deu um clique. O meu filho vai passar por isso muitas vezes ainda na vida. E isso é assustador”, desabafou.

A discussão a respeito do racismo ganhou mais notoriedade na semana passada, depois que o americano George Floyd, negro, foi assassinado por um policial branco nos Estados Unidos e os protestos começaram ao redor do mundo. “Conversamos muito em casa. Não deveríamos estar mais nas ruas pedindo o fim da desigualdade e o respeito. O racismo já não deveria ser uma pauta. Mas sabemos que será ainda uma luta longa e árdua. E que nosso filho terá que ser forte para entender tudo isso”, afirmou Aline à publicação.

Casal sofreu preconceito

Aline Wirley e Igor Rickli, que estão juntos há dez anos, também já viram o preconceito de perto, já que o ator é branco e a cantora negra. “Quando comecei a namorá-la, muitas pessoas vinham nas redes sociais me questionar. ‘Nossa, você podia ter qualquer mulher. Por que ela?’”, diz o artista.

“Eu também me desconstruí. Nasci e cresci do lado da minoria e achava que ok, este é meu lugar. Até doer profundamente, até imaginar que meu filho não poderia estar em outro lugar se eu pensasse assim. Sou eu que preciso empoderá-lo, dar o caminho para que ele um dia não precise justificar a sua raça e sua cor. Até porque ele é filho de um branco com uma preta. Tem estas duas raízes e vai ter que transitar entre elas”, concluiu Aline.