Anne Hathaway refletiu sobre a quantidade avassaladora de ódio pela internet que recebeu depois de interpretar a prostituta francesa Fantine em Os Miseráveis, de 2012.
Enquanto promovia o filme musical, a estrela de 38 anos irritou os fãs ao falar de cortar o cabelo, perder 12 quilos para o papel, e ainda dizendo que perdeu a cabeça para entrar no espaço mental da personagem.
Apesar de expressar sincera surpresa e apreciação em shows de premiação por suas vitórias naquele ano, alguns não conseguiram ignorar seus comentários sobre restringir sua dieta a apenas uma pequena porção de pasta de aveia seca “para parecer quase morta”, em suas palavras.
“Eu realmente não quero desenterrar o passado, mas eu tinha meu monstro lá fora, eu tinha a internet voltada para mim e me odiava e foi como uma grande coisa”, disse ela.
“E foi uma coisa muito boa para mim pessoalmente.”
Anteriormente a atriz disse à Vanity Fair que ganhar seu primeiro e tão esperado Oscar não a deixou feliz.
“Eu deveria ficar feliz. Eu não me sentia assim. Eu me senti errada por estar ali com um vestido que custou mais do que algumas pessoas ganharão em sua vida toda e ganhando um prêmio por retratar a dor que ainda fazia parte de nossa experiência coletiva como seres humanos.”
Hathaway, que havia se casado com Adam Shulman pouco antes de filmar Os Miseráveis, observou:
“Eu tentei fingir que estava feliz e fui chamada por isso, grande momento”.
Ela também disse que a experiência lhe ensinou “é que você só sente que pode morrer de vergonha, você não morre de verdade”.
Além de encontrar o apoio do marido, passar um tempo com amigos de infância e de faculdade ajudou, pois ela os considera sua ‘família extensa’.
“Minhas amizades mais antigas datam de quando eu tinha cinco anos. Todos nós fazemos questão de tentar nos encontrar pelo menos uma ou duas vezes por ano e permanecemos na vida um do outro”.
No início deste mês, seu último filme Locked Down, ao lado de Chiwetel Ejiofor, foi lançado. Ela chamou de experiência “muito normal”, mas também “completamente selvagem”, visto que foi filmado em meio à pandemia de COVID-19 em andamento. Anne disse à People:
“o simples ato de fazer isso, de fazer algo tão colaborativo e audacioso nos tornou todos muito focados e abertos – e estranhamente livres. Como se as probabilidades estivessem tão contra nós de qualquer maneira, isso me fez querer me inclinar para a alegria e correr riscos com meu desempenho”.
Comunicólogo balzaquiano, paulistano, e com experiência vasta nesse mundo virtual. Adorador de séries, filmes, quadrinhos, e tudo o que envolve a cultura pop.
