Depois de protagonizar uma grande confusão com a classe artística nos últimos meses, a ex-BBB Jade Picon finalmente conseguiu ser confirmada na próxima novela das 21h da TV Globo, Travessia. Assinado por Glória Perez, o folhetim estreia em outubro.
A situação acontece após a emissora entrar em uma batalha contra o Sated-RJ (Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado do Rio de Janeiro). O órgão havia se posicionado contra a escalação da influenciadora para a novela, mas abriu uma brecha.
Terá que pagar
Em entrevista para o site Em Off, o ator Hugo Gross, presidente do sindicato, afirmou que Jade está legalmente permitida a atuar na novela global, mas com algumas ressalvas. Ela terá que pagar ao órgão um valor que equivale a 5% do seu salário na emissora carioca.
“Continuamos a defender o registro profissional com unhas e dentes e vamos defender sempre. O Sated dentro da Lei 6533/78 não tem poder de polícia, mas dentro da lei existe uma lacuna, em que qualquer empresa de teatro, de cinema ou de teledramaturgia, que seja de shows, tem o direito a um número específico de cada produto. Por isso, existe autorização especial para aquele produto. Nesse caso da Jade Picon, nós demos uma autorização especial e específica para aquele produto, válido para o período que foi pedido“, esclareceu Hugo Gross.
Autorização especial
O presidente do sindicato continuou afirmando que a ação da TV Globo segue dentro da legalidade. No entanto, ele garantiu que a influenciadora não terá direito a um registro profissional após o fim da trama.
“Dentro de uma obra podem ter se eu não me engano três para cada produto. Então mais que isso não pode ser feito. O sindicato não está aqui para tolir trabalho de ninguém. Muito menos das empresas. Está aqui pra proteger a lei. E quando a coisa é feita dentro da legalidade não tem como negar isso. A Rede Globo fez dentro da legalidade.
Foi feita uma reunião e nós cedemos uma autorização específica para o produto. E continuaremos lutando e defendendo a classe. Vale salientar que o SATED não tem poder de polícia, tem poder de ações e se tiver que fazer várias ações junto ao Ministério do Trabalho, assim será feito em respeito ao trabalhador da arte. Também pedimos para que utilizem e tentem utilizar mais pessoas com registro profissional”, explicou ele.
Segundo Gross, o valor que será pago por Jade ao sindicato será “confiscado” devido ao pedido especial realizado pela Globo. “Tem um percentual que é pago quando há o pedido de autorização especial, que é de 5% da remuneração da pessoa”, disse.
Formado em jornalismo pela UNIME Salvador, possui passagem por rádio, jornal e trabalha com público de internet desde 2016. Atualmente tem focado em projetos de audiovisual, cultura pop e celebridades.