BBB 2022: Vyni revelou ser gay um dia antes de entrar para reality

Vyni desabafa sobre ser alvo de preconceito por ser gay (Reprodução/Globoplay)
Vyni desabafa sobre ser alvo de preconceito por ser gay (Reprodução/Globoplay)

Apesar de falar abertamente sobre sua orientação sexual dentro do BBB 2022, Vyni nem sempre foi assim. Em sua família, por exemplo, o assunto foi tabu por muito tempo e apenas foi externado um dia antes do pré-confinamento para o reality global.

Em entrevista para o jornal Extra, familiares do brother relataram que até o início do ano não sabiam sobre ele é gay. O ato de sair do armário aconteceu durante uma reunião na sala de sua casa.

“Ele juntou todo mundo aqui e falou. Eu chorei muito de tristeza, porque a minha maior preocupação é com o que poderia acontecer com ele na rua. Não quero que ele seja agredido”, disse dona Quinha, avó de Vyni.

“Vyni sofreu muito bullying desde pequeno por ser mais dócil e ter esse jeitinho delicado. Já vi ele chorando por causa disso, mas sempre estive ao seu lado. Não tem coisa que mais me machuca do que ver ele triste”, completou.

Ela ainda contou que Vyni sempre foi um garoto muito retraído e que se dedicava apenas aos estudos: “Só saía para almoçar. Até a merenda eu trazia aqui ( no quarto de Vyni) para o meu menino. Ele ficava o dia inteiro aqui enfiado nos livros, lendo e escrevendo. Tinha dias que entrava aqui cedo e só saía à noite”.

Ainda durante a entrevista, dona Quinha confessou que soube pela televisão do episódio de homofobia que Vyni foi vítima. Em conversa com Eliezer, o rapaz contou que algumas vezes já chegou a ser espancado na rua.

Desabafo de Vyni sobre homofobia

“Você, Eli, não vai saber o que é ter medo de andar na rua. Por exemplo, atravessar a rua para ir comprar um pão. Você não sabe como é…”, afirmou o brother. “Já me bateram. Tô contando isso daqui, mas nem o povo lá de casa sabe. Tô falando isso em rede nacional. Aconteceu comigo, mas aconteceu pior com muita gente. Muito pior”, revelou ele.

Enquanto Eliezer caía em lagrimas e ficava chocado com o relato do amigo, Vyni desabafou sobre outros momentos que foi alvo de discriminação das pessoas na rua.

“Quantos amigos seus, por exemplo, já tiveram que voltar pra casa a pé porque quando chamavam um motorista de aplicativo, eles olhavam pra você e passavam direto? Ou não poder entrar em uma loja porque você não faz o perfil da loja. (…) A gente, às vezes, esquece como é ser amado“, desabafou o cearense.