Bianca Rinaldi vê carreira em nova fase: “Não poderia ser mais grata”

Bianca Rinaldi analisou carreira de atriz (Foto: Reprodução)

Aos 47 anos de vida, a atriz Bianca Rinaldi é um sinônimo de sucesso na televisão. Para quem não se lembra, ela iniciou a carreira bem novinha, com 15 anos, como paquita do programa Xou da Xuxa, da Globo. Depois disso, ela brilhou em novelas, e ganhou destaque internacional com Escrava Isaura.

Além disso, ela atuou em outras novelas de sucessos como Os Mutantes, Prova de Amor, Ribeirão do Tempo, todas essas na Record TV. Em conversa exclusiva ao Entretê, ela falou sobre ser mãe de gêmeas, o seu amor pela arte, perrengues na vida na TV, e a trajetória brilhante na arte.

Entretê- Consolidada na carreira de atriz. Como você definiria o seu atual momento na carreira?

Bianca Rinaldi: Atualmente, vejo a minha carreira entrando em uma nova fase, repleta de maturidade e aprendizado que eu colhi ao longo de todos esses anos, tanto na minha vida profissional quanto na pessoal. Isso é algo que está muito refletido na minha maneira de atuar e nos próprios papéis em si. Hoje em dia, me vejo dando vida a personagens mais experientes, como mães, por exemplo. Olho para trás e enxergo a minha arte crescendo e se modificando junto comigo, e eu não poderia ser mais grata por isso!

Entretê- Já passou por algum perrengue no início da carreira?

Bianca Rinaldi: Quem nunca? [risos] E os que passei, passaria tudo de novo, pois são aprendizados, que hoje posso lembrar com carinho, com boas risadas. Eu sou muito friorenta, então sinto muito frio em várias cenas externas à noite ou em estúdio com figurinos leves. Sempre sou amiga da pessoa responsável pelo ar-condicionado do estúdio [risos].

Entretê- Você acha que a maternidade pode atrapalhar a carreira de um artista?

Bianca Rinaldi: Eu acredito que a maternidade venha para somar a nossa vida. Naturalmente, a rotina fica mais agitada com os filhos, então precisamos saber conciliar as coisas, mas ser mãe é uma das experiências mais belas que já tive e que me trouxe muito aprendizado e crescimento em diversos setores da vida. Muitas vezes, os filhos são uma grande fonte de apoio e inspiração em nossas carreiras.

Entretê- Quais papéis ao longo da carreira você percebe que o público sente mais saudade?

Bianca Rinaldi: São mais de 25 anos de carreira como atriz, então muitos papéis atingiram públicos de gerações diferentes. Algumas pessoas sentem mais falta de um personagem, outras sentem mais de outro, mas acho que todos deixaram muita saudade. Cada um deles foi muito importante para a minha construção como atriz. Todos têm um espaço especial reservado no meu coração, e acredito que no de vários brasileiros também.

Entretê- Como surgiu o seu amor pela arte?

Bianca Rinaldi: Eu comecei a conhecer mais sobre o conceito da arte dentro da ginástica artística, que foi o meu foco durante a maior parte da minha infância. Era algo que eu amava fazer e que, com certeza, começou a nutrir em mim essa veia artística. Depois, como paquita da Xuxa, tive a oportunidade de ter ainda mais contato com a arte da música, da dança e da televisão. Foi um período de grande aprendizado e o responsável por perpetuar todo o meu amor pelo universo da arte. Também foi o meu período como paquita que me proporcionou diversas oportunidades na minha carreira, como a chance de atuar em Malhação, onde fiz o meu primeiro papel, em 1997.

Trabalho e relação com autoestima

Bianca Rinaldi (Foto: Ricardo Penna )

Entretê- O que mais te chama atenção na hora de compor um personagem?

Bianca Rinaldi: Vejo a arte como um espelho da vida, então me atraio muito por aqueles personagens mais complexos e que refletem a natureza do ser humano. Também gosto muito de enfrentar novos desafios, vivendo papéis diferentes daqueles que eu já vivi antes. Mas, no final, o mais importante sempre é que o papel faça parte de uma história que valha a pena ser contada.

Entretê- Qual a sua relação com autoestima? Já teve algum problema com isso?

Bianca Rinaldi: Hoje em dia, com a maturidade que tenho, me vejo em uma relação saudável e de muito carinho comigo mesma, com a pessoa que eu sou e com o meu corpo, mas, naturalmente, todo mundo tem suas inseguranças. O processo de se amar e se respeitar é um exercício diário e gradual, mas que é muito necessário.