Rafael Libardi, bombeiro que esteve no resgate de Marília Mendonça e dos outros quatro ocupantes da aeronave que caiu na última sexta-feira (5) em Piedade de Caratinga, no interior de Minas Gerais, revelou em entrevista ao Fantástico, detalhes de como foi realizada a retirada dos corpos das vítimas do avião.
Segundo o soldado do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, alguns procedimentos precisaram ser adotados. O primeiro deles foi amarrar a aeronave ao tronco de uma árvore. Para garantir a segurança de que o avião não se movimentasse em meio às pedras da cachoeira, durante o resgate.
“O primeiro trabalho nosso é garantir a segurança. Garantimos a segurança ancorando a aeronave em árvores do local”, explicou o bombeiro, que conta ainda, como reagiu ao perceber que, entre as vítimas, estava a cantora Marília Mendonça.
“Me aproximei do avião, a porta do avião já estava aberta. Eu chamava, tentava verbalizar, tentava buscar uma resposta de alguém. Aí que eu fui me dar conta que realmente era Marília Mendonça”, relembra ele. “De um dia para o outro a gente perde a vida e tem mais nada para se prosseguir a partir disso”, lamentou Rafael Libardi.
Acidente matou cinco pessoas
A reportagem do Fantástico ouviu também, Kleyton Ferreira de Carvalho, médico do Samu, responsável por constatar a morte de Marília Mendonça e também dos outros quatro ocupantes da aeronave: o produtor Henrique Ribeiro; o tio da artista, Abicieli Silveira Dias Filho; o piloto Geraldo Martins de Medeiros e o copiloto Tarciso Pessoa Viana.
“A aeronave estava bastante quebrada, tinha bastante destroços na aeronave, a bagagem estava sobre as vítimas. E, prontamente, eu fui em cada um para verificar se tinha sinais vitais, se estariam vivos, né? Eu reconheci que já estavam em óbitos. E aí depois que eu verifiquei todos os sinais vitais, e saí da aeronave”, disse o médico.
Investigações do acidente
Os possíveis motivos que teriam causado o acidente aéreo estão sendo apuradas pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos). Os investigadores devem conversar com testemunhas e também realizar análises dos destroços da aeronave. A FAB (Força Aérea Brasileira) afirma que a apuração será feita “no menor prazo possível”.
Uma das possíveis causas do acidente, seria a existência de uma antena e uma torre de energia sem iluminação próximos ao aeródromo de Caratinga, de acordo com pilotos. No entanto, segundo a Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais), os equipamentos estão fora da zona de proteção do aeródromo, ou seja, não são irregulares.
Graduado em Comunicação Social, um mineiro que adora escrever sobre assuntos relacionados ao entretenimento e redes sociais em geral.
