Muito famosa por seu talento e por sua beleza, a atriz Bruna Marquezine também vem ganhando muito destaque nos últimos anos por seu engajamento em assuntos importantes. E, apesar de todo o glamour da fama na frente das câmeras, a artista voltou a falar sobre a depressão, citando momentos difíceis pelos quais passou.
Marquezine foi entrevistada com exclusividade pela revista ELA e iniciou o assunto revelando que sua terapeuta lhe disse algo que ficou marcado em sua mente. “Ela observou que a depressão é uma porta numa parede que, até então, você via completamente branca. Era uma parede, sem nada”, observou.
“Uma vez que você identifica que está com um quadro depressivo, você começa enxergar essa porta, você pode até sair desse lugar, mas você nunca mais vai ver a parede totalmente branca. Sempre vai ver a porta lá. No primeiro momento, isso me destruiu! Poxa, eu preferia ver a parede branca pelo resto da vida!”.
Mudança de opinião
Na sequência, Bruna Marquezine explica que teve inúmeras sessões de terapia, trocou de profissional, cresceu e mudou sua opinião a respeito. “Hoje, não penso mais assim. Acho bom ver a porta. Outro dia, conversei muito com a roteirista Natália Klein. Falamos de como tudo é para ontem, como a gente vive num estado de ansiedade, tudo é para agora. Se você não fez, já foi, já perdeu! Sempre é um desespero”, desabafou a artista.
“Nas artes, então… existe uma cobrança de se superar, trazer algo novo, fazer melhor! E a gente já não aprecia as coisas, tudo fica frio. Contei para ela sobre a teoria da minha terapeuta e de quanto fiquei mal com ela na época. A Natália fez uma analogia ótima. Disse que saber que tem depressão é como você entrar num lugar, ver uma barata e ela sumir! Tem gente que não liga se ela desapareceu. Eu prefiro ter a barata no meu campo de visão do que não saber onde ela está! É melhor saber o que você pode fazer a respeito, do que você ignorar e viver apreensivo porque a qualquer hora pode ser pego de surpresa”.
Bruna e sua pior hater
Em um texto ainda muito longo que será editado nesta reportagem, Bruna dá outros detalhes e diz que é saudável identificar que há um problema e lidar com a situação. “Eu cresci diante dos olhos do público, isso me fez criar uma consciência muito grande sobre o olhar do outro. Estou sempre atenta ao olhar do outro, além da minha observação que é extremamente crítica. Eu brinco quando digo que não tem hater meu que consiga competir comigo mesma! Eu sou pior!”, disse.
Por fim, a atriz diz que a insegurança e ansiedade pode atingir todas as áreas da vida de quem tem depressão. “Eu falo sobre isso porque vejo que é algo comum, que o mundo está vivendo, mas que estamos começando a ter coragem de falar isso agora. Muitos ainda têm vergonha. Eu comecei a trabalhar numa época na qual me ensinaram que o certo era construir uma imagem perfeita. Por muito tempo, eu ouvi isso. E eu via isso”, encerra.
Formado em Marketing, é apaixonado por assuntos relacionados a entretenimento e televisão, no geral. Viciado em redes sociais e conteúdo para a web, acompanha esses tópicos há cerca de 15 anos.
