Cássia Kis revela rotina durante a pandemia e desabafa sobre morte da mãe

Cássia Kis
Cássia Kis (Imagem: Divulgação / Globo)

Cássia Kis revelou em entrevista à coluna de Patrícia Kogut, do jornal O Globo, que aproveitou a quarentena pela pandemia do coronavírus para se aprofundar nos estudos da mente humana. 

“A internet me ajudou muito. Acessei conteúdos de pessoas que vêm me ajudando: psicólogos, terapeutas, sociólogos, filósofos, gente ocupada com uma melhor qualidade de vida para si e para os outros. Isso tem feito uma diferença muito grande para compreender a partida da minha mãe, para o amor dela aumentar ainda mais em mim, para que esse legado se aprofunde”, afirmou ela.

A Mãe de três filhos, Maria (23), Pedro (17), Miguel (24) e Joaquim (16), acrescentou que a pandemia tem sido um momento para cuidar de si, da família e da casa. “Na pandemia, o tempo ficou mais largo e também mais curto. Curto porque temos as demandas do cotidiano. Já o tempo largo é para cuidar do lado de dentro, respirar, pensar melhor, aprender a colocar as coisas no lugar, a olhar para nós mesmos. Eu acho que a decisão de fazer isso de um jeito mais profundo me trouxe coisas importantes.  Eu tive grandes conquistas nesse período, não sei dizer qual é a maior delas. As mágoas que me prendiam ao passado, que não me deixavam perdoar, caminhar, elas correram. Isso foi um ganho gigante”, analisou.

A atriz vai sair deste período de isolamento social, no entanto, com uma dor a mais, devido à morte da sua mãe Dona Piedade Monteiro, quem perdeu há dois meses. “Ela partiu no fim de agosto, em plena pandemia. Não morreu de Covid, mas foi colocada dentro de um saco como todos; foi-se sem eu vê-la, sem eu me despedir. Enfiaram o corpo dentro de um caixão e não conseguimos nem colocar uma roupa, não a vimos no pós-morte. Sei que foi um até logo. Pedi muito para que minha mãe fosse bem recepcionada, bem cuidada, que os espíritos a conduzissem para um bom lugar. É tão forte. Sinto saudade, queria ter segurado a sua mão”, lamentou.

O que conforta a veterana é saber que a matriarca foi embora feliz. “Passei meses dizendo à minha irmã: ‘Dinha, estou me organizando para ir aí. Quero ficar segurando a mão da mamãe. Eu queria só estar perto segurando a mão dela’. Mas minha família me disse que, dias antes, ela estava cantando muito, estava divertida. Ela estava em paz. Estavam todos em paz, prontos”, conformou-se.