Catarina Abdalla fala sobre amizade com Paulo Gustavo

Catarina Abdalla e Paulo Gustavo
Catarina Abdalla e Paulo Gustavo (Reprodução/Multishow)

A atriz Catarina Abdalla, de 62 anos de idade, expressou toda o seu carinho por Paulo Gustavo, que faleceu em maio com complicações causadas pela Covid-19. Em entrevista a revista Quem, a artista que trabalhou com o comediante falou sobre a dificuldade em fazer humor após o falecimento de seu amigo.

“Espero que a gente faça milhões de homenagens ao Paulo Gustavo. Desde o dia em que ele partiu, que cada vez que começo a trabalhar e dou início na comédia, ele está diante de tudo, é sempre para ele. Desejo que ele vire santo da arte, da comédia. Porque quem trabalha com humor é difícil demais. Muitas vezes não somos valorizados e o Paulo nos deu esse valor”, disse ela. 

Na sequência, Catarina abriu o coração e falou sobre a dificuldade em arrancar uma risada do publico após a morte do humorista: “Imagina tudo isso que a gente está sentindo, todas essas dores que estamos passando e ainda ter que fazer comédia? Arrancar um sorriso do público nesse momento é uma tarefa muito difícil, mas a gente tem a força, a resiliência, a crítica, a política, tudo isso que a gente faz com a comédia e o humor. E o Paulo foi único nessa arte”, desabafou.

Aprendeu muito com Paulo Gustavo

Mesmo tendo mais de 40 anos de carreira, Catarina Abdalla afirmou que Paulo Gustavo é uma referência. “O Paulo é uma referência. Ele é forte demais. Eu tenho 42 anos de profissão. Paulo teve 16. Porém, em mais de quatro décadas, nunca vi alguém como ele, que tenha tido uma trajetória tão brilhante. O Paulo lotava estádios e ginásios, levando teatro, comédia, humor. E só dele chegar, as pessoas já começavam a sorrir. Se ele falasse oi, as pessoas já caiam na gargalhada. Pensa na grandeza disso?! Era uma aula para gente”, contou ela.

DNA do seu trabalho

Por fim, a artista reforçou que a essência do trabalho do humorista sempre foi as criticas sociais inseridas em suas piadas e enquetes:

 “A imagem dele levava o público a reflexão social, política e tudo com humor, com alegria. O Paulo Gustavo é único e não existe outro. Feliz é o público que viveu toda história dele e nós colegas de trabalho que tivemos o privilégio de atuar e conviver com esse gênio do humor, tão talentoso e generoso com todos a sua volta”, finalizou ela.