Casada com a atriz Nanda Costa, a percursionista Lan Lanh viu a vida mudar por completo com a chegada das filhas gêmeas Tiê e Kim, fruto do relacionamento com a global.
Em conversa exclusiva ao Entretê, a famosa desabafou sobre maternidade, falou sobre o seu amor pela música e ainda revelou a forma que encara as críticas em sua vida.
Confira:
Entretê- O que a maternidade representa em sua vida?
Lan Lanh: A maternidade me fez mais forte, acentuou uma necessidade que eu já tinha de me cuidar, de ficar mais potente e saudável para poder acompanhar as nossas filhas. A minha alma é jovem, sempre foi. Sou um erê eterno. E o meu coração acompanha o meu ritmo.
Entretê- O que mais mudou em sua vida desde a chegada das gêmeas?
Lan Lanh: Basicamente que, daqui em diante, não existe mais “eu” e, sim, “nós”. E ninguém solta a mão de ninguém, seja lá onde for. A música me ensinou a respeitar esse tempo, a entender os compassos e a harmonizar a vida. E nesse ritmo, a baiana aqui segue na busca pelo equilíbrio.
Entretê- Como surgiu o seu amor pela música?
Lan Lanh: Ainda menina, em Salvador, dedilhando um violão, assistindo aos ensaios dos blocos afros e escutando os discos de MPB, Led Zeppelin, The Police, Miles Davis… Na sequência, já estava sentada tocando bateria, estudando percussão na Universidade Federal de Música da Bahia e montando minha primeira banda, a Rabo de Saia.
Entretê- Como você lida com as críticas de forma geral?
Lan Lanh: Eu sempre fui muito crítica comigo mesma, muito exigente, principalmente por ser uma mulher tocando bateria e percussão em um meio extremamente masculino.
Teve e ainda tenho que enfrentar muitos desafios todo dia! Me estabelecer profissionalmente nesse meio musical machista, me fez ficar forte e me trouxe muitas reflexões também. Quando era mais jovem, ficava mais insegura, hoje eu sei quem eu sou.
Entretê- Já sofreu homofobia nas redes sociais? Como reagiu?
Lan Lanh: Sim. Não bato boca, eu bato tambor!
Entretê- Na sua opinião, qual o segredo para uma relação amorosa ser duradoura?
Lan Lanh: Leveza, bom humor, carinho, cuidado, amar com paixão e, principalmente, massagem e cafuné (risos).
Entretê- Acredita ter amadurecido depois da chegada das gêmeas?
Lan Lanh: Sim, com certeza. Às vezes, fico me perguntando o que é o tempo na vida da gente, de uma maneira geral, e em tudo o que a gente se impõe sem, ao menos, entrar num acordo com ele. Se eu tivesse engravidado aos 20, seria muito cedo? Aos 35, a hora certa? Aos 40, a última chance? Quem pode garantir?
Nesta época que estamos vivendo, que parece que o tempo parou, na minha vida ele foi transformador no sentido de possibilitar o que, um dia, pareceu impossível. E, talvez por isso, ele hoje seja o meu grande aliado. Pude ter calma, pude pensar, pude ficar em casa e entender profundamente esse nosso desejo tão grande e tão legítimo.
Formado em Jornalismo pela Faculdade das Américas (FAM), já apresentou programa de entretenimento relacionado ao mundo dos famosos e entrevistou artistas do meio.