Deputado explica por que entrou com processo contra participantes do BBB 21

Karol Conká, Projota, e Lumena no BBB 21
Karol Conká, Projota, e Lumena no BBB 21 (Reprodução)

O bicho está pegando no BBB 21. Mas dessa vez não é sobre as brigas que rolam na atração e sim sobre a repercussão do programa do lado de fora da casa. Um inquérito foi instaurado nesta quinta-feira (11) pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância por causa do programa para averiguar um caso de intolerância religiosa.

Karol Conká, Lumena, Nego Di e Projota teriam cometido o crime, e por isso, a Polícia Civil do Rio de Janeiro emitiu um comunicado que irá solicitar à TV Globo as imagens correspondentes à denúncia.

Denúncia esta que foi feita pelo deputado estadual Átila Nunes, que encaminhou ao Ministério Público um documento com seu descontentamento. O crime teria acontecido quando os quatro participantes, que estão sendo considerados os vilões da temporada, estavam no quarto conversando, e relembrando uma conversa que Lumena teve com Lucas Penteado.

O ator é umbandista, e a psicóloga teria relembrado a conversa ironizando a religião dele falando sobre o orixá Xangô, e fazendo alguns trocadinhos dignos da quinta série. Imitando Lumena, Nego Di disse: “Eu Xangozei, véi. Cheguei a Xangozar no quarto”, disse enquanto os demais caíam na gargalhada. Lumena ainda brincou lembrando Lucas: “Eu Xangozei. Eu estou pelo certo com meu orixá, você está pelo errado. Ele está te abandonando”.

Com isso, Lumena provocou ainda mais ranço do público, já que ela é do candomblé, outra religião de matriz africana.

“Eu não quero nem imaginar o que vai sentir Lumena quando Xangô decidir cobrar ela por tudo isso. O Machado é pesado amiga… Não vai ser fácil não”, disse uma internauta.

Palavras de Átila Nunes

Átila, o deputado que fez a denúncia, disse:

“Não me restou outra opção do que encaminhar uma denúncia ao Ministério Público dos participantes do BBB Nego Di, Projota, Karol Conká e Lumena por vilipêndio religioso, crime caracterizado no Código Penal. E pedir à DECRADI para requisitar as gravações”, começou.

“As referências extremamente ofensivas acompanhadas de chacotas dos quatro participantes a uma entidade das religiões de matrizes africanas estimulam o preconceito e os ataques à Umbanda e ao Candomblé. Dificilmente eles se refeririam dessa forma a Nossa Senhora ou à Bíblia”.

“Apesar de estarem ridicularizando uma religião de matriz africana, Lumena caiu na gargalhada e ainda lembrou uma conversa que teve com Lucas. Como podem, quatro pessoas, todas negras, que deveriam se preocupar com o racismo – inclusive o religioso – não se preocuparem em vilipendiar a Umbanda e o Candomblé num programa de TV com repercussão nacional? Nego Di, Projota, Karol Conká e Lumena me envergonham”.