Ex-participante do Bake Off Brasil pede ajuda após ser roubado em casa

Murilo durante participação no Bake Off Brasil (Divulgação/ SBT)

Murilo Marques, um ex-participante do Bake Off Brasil, do SBT relatou momentos de horror em seu perfil no Twitter, no último sábado, 24 de outubro. Ele contou que foi vítima de violência em sua própria casa, em um encontro (que era para ser) afetivo, e teve seu dinheiro roubado.

Os crimes teriam acontecido no dia 21 de outubro, quinta-feira, no Centro de São Paulo, onde mora. O confeiteiro que também é engenheiro químico contou que conheceu um homem através de um aplicativo de paqueras e combinou de se encontrar com ele para fazer sexo casual em seu próprio apartamento. Ao chegar lá, o homem disse que era garoto de programa, e que não sairia de lá sem seu pagamento, mesmo com o rapaz dizendo que não havia contratado um serviço.  

Segundo Murilo, o tal homem o teria dopado, e forçado a consumir drogas, e teria ainda roubado todos os seus cartões do banco. “Eu moro sozinho no Copan, no centro da cidade de São Paulo. Ele chegou, me cumprimentou e o ato começou a rolar. Rapidinho ele parou, se vestiu e anunciou que era Garoto de Programa, que precisava receber o pagamento e que eu deveria dar o dinheiro. Ele começou a se exaltar dizendo que queria receber o dinheiro dele, esse diálogo rolou e eu cada vez com mais dificuldade de organizar minhas ideias, já imaginando que estava drogado. Cada vez mais agressivo e gritando comigo”, escreveu. 

Murilo ainda contou que o tal homem estava com uma máquina de cartão de crédito. “Ele me forçou a passar a senha na máquina de todos os meus cartões, eu tentei recusar e nessa hora ele desferiu um soco na minha cara. Nem senti na hora, mas depois vi que ficou roxo”, continuou o jovem que tem conta em quatro diferentes bancos conforme seus relatos. 

“Em uma das tentativas eu errei a senha e disse que precisava olhar no celular, ele gritava que não era pra mexer no celular e pegou o aparelho, mais uma vez fui forçado a passar uma senha, dessa vez a do celular. Apesar de tonto e desnorteado eu estava de pé ainda, a essa altura eu já sabia que havia sido dopado e já havia apanhado, estava reunindo toda minha energia para tentar me proteger. Pedi pra gente descer a um caixa eletrônico para sacar dinheiro e ele ir embora, fui até minha cômoda para pegar uma camiseta e ele voltou a ser bem agressivo, me agarrou pelo braço, jogou um pó branco em cima dessa mesma cômoda, disse que era cocaína e me mandou cheirar. Eu só conseguia responder que não queria, mas ele insistia e ameaçou quebrar meu braço se eu não aceitasse. Eu resisti e, talvez pelo meu estado, ele não seria capaz de me forçar a cheirar. Fui jogado na cama de bruços, nesse momento o estupro aconteceu: Eu só lembro dele me estuprando com a mão enquanto eu me debatia. Não sei quanto tempo durou, não sei o quanto eu resisti, mas fui estuprado”, continuou ele. 

Ele relatou que acredita que depois da violência, deve ter sido mais dopado pois não conseguia andar, e foi voltando à consciência pensando nos cartão e senhas, e conseguiu ir até a porta do apartamento e ver que o homem não estava mais lá. Marques percebeu que seu computador estava logado no Whatsapp Web, e conseguiu mandar mensagem para um vizinho e para seu namorado pedindo socorro, já que o homem também roubou seu celular. “O agressor levou meu celular e eu consegui fazer isso antes do aparelho perder o sinal, ele devia estar no corredor ainda e meu celular ainda estava no Wi-Fi. Os meninos correram para me acolher e me ajudaram a bloquear os cartões, mas eu ainda estava incapaz de entender o tamanho do estrago. Notei compras no débito na caixa, Itaú e Nubank. Eu chorava muito, me senti sujo, culpado, me senti um lixo mas sabia que a saga não tinha terminado, precisava ir à delegacia fazer BO. A delegacia é um ambiente nada acolhedor, eles me ouviram mas minha privacidade foi violada, tive que contar a história diante de vítimas de outros crimes, você está fragilizado, traumatizado, sujo e durante seu depoimento ouve piadinhas paralelas, é deprimente”. 

Murilo disse que foi até o IML  fazer exame sexológico, toxicológico e busca de DNA, mas que foi tratado de forma bruta pela médica que o atendeu, e que para piorar no dia seguinte precisou enfrentar os questionamentos de todos os bancos em que tem conta, pois em algumas horas os prejuízos ultrapassam os 40 mil, dinheiro esse que ele e o namorado juntaram a vida toda para conseguirem comprar o apartamento que compraram. Ele explica que resolveu fazer o post não para pedir dinheiro para ninguém, mas sim para que os bancos tentem desfazer as transações, e lhe devolverem o que lhe foi roubado. 

Apesar de receber o carinho dos seguidores, muitos foram aqueles que julgaram o fato de Murilo mesmo tendo namorado, estar em um aplicativo procurando se divertir com outros rapazes, e ele explicou que seu relacionamento é aberto. “Não consigo mais acompanhar as notificações, estou me sentindo mto acolhido nos comentários mas estou silenciando. Tem, sim, gente falando bosta, mas a maioria está me confortando. Sigo buscando indicação de advogado especialista em crimes assim, agradeço quem tiver”, escreveu. Neste domingo, (25), Renan, namorado de Murilo foi até as redes sociais contar que dois dos bancos (Nubank e Itaú) conseguiram barrar as transações feitas na conta do confeiteiro, faltam ainda as respostas de outras duas instituições.