Fábio Porchat revela tema de novo especial do Porta dos Fundos: “religião”

Fábio Porchat (Foto: Rede Globo / Reprodução)
Fábio Porchat (Foto: Rede Globo / Reprodução)

Parece que os produtores do canal Porta dos Fundos não ficaram intimidados com a última polêmica envolvendo o Especial de Natal do grupo, exibido no último ano pela plataforma da Netflix.

Em entrevista ao programa Conversa Com Bial nesta semana, Fábio Porchart, um dos criadores do canal do Youtube, contou detalhes do próximo projeto do grupo e confirmou que o assunto religião será retratado novamente.

Segundo Porchat, o novo especial será uma espécie de paródia documentário Democracia em Vertigem, que inclusive foi indicado a última premiação do Oscar. O nome do filme se chamará “Teocracia em Vertigem”.

“Vamos falar de religião e política, nunca se falou tanto de política e religião de uma vez só”, afirmou Porchat, que também contou que a “história por trás do golpe que levou à crucificação de Jesus Cristo”, assim como é retratado no documentário original, que retrata o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Polêmica

No final de 2019 o Porta dos Fundos foi alvo de diversos ataques nas redes sociais por mostrar a história de Jesus um pouco diferente. Mesmo sem deixar claro, o filme sugere que o messias seria gay.

Revoltados com o teor da história assinada pelo grupo de humoristas, conservadores e religiosos iniciaram uma batalha para que o programa fosse retirado do ar. O caso gerou protestos mais violentos, chegando a um atentado terrorista na sede da produtora no Rio de Janeiro.

“A gente faz especial de Natal desde 2013, eu que escrevo inclusive, é o mesmo texto, a mesma provocação, a mesma brincadeira. Em 2019 alguém se sente à vontade pra pegar duas bombas no meio de uma das maiores cidades do Brasil e jogar em um lugar”, contou.

“O que aconteceu no País? Por que esse clima de temos que jogar bomba se instaurou? O que aconteceu de 2018 pra cá que fez com que essas pessoas se sentissem à vontade? É isso que a gente tem que pensar. As palavras geram ações. A arminha com a mão gera ação. Você não repudiar esses fatos gera confirmação de que esses fatos estão corretos”, defendeu Porchat.