Fernanda Lima relembra como foi enfrentar o luto da morte do pai

Fernanda Lima e pai (Foto: Reprodução/Instagram)
Fernanda Lima e pai (Foto: Reprodução/Instagram)

A apresentadora Fernanda Lima revelou que passou por um processo intenso de luto depois da morte de seu pai, que aconteceu em julho deste ano. O patriarca da família faleceu vítima de complicações do COVID-19.

Em entrevista realizada por Astrid Fontenelle para o Youtube, a artista afirmou que a conexão com a natureza foi um dos artifícios que a ajudou durante o processo, que foi muito doloroso.

“No dia 18 de março, quando começou a história de se recolher, a gente pegou o carro de São Paulo e foi para o Rio. Ficamos lá quatro meses direto, sem sair, somente nós. Óbvio que minha relação com a família já é muito grudada. Estamos sempre juntos. Mas a minha relação com a natureza, de uma maneira geral, foi muito, muito intensa”, começou ela.

“Todo mundo sabe que perdi meu pai. Foi um processo bastante doloroso. Durante esses quatro meses, durante toda essa tortura que a gente passou, andava todo dia no meio do mato sozinha e gritava, de verdade. Eu berrava. Para todos os recursos que eu pudesse ter. E também para ele. E eu chorava, mas eu chorava um choro primitivo. Aquele choro que você só consegue chorar sozinha”, relembrou a famosa.

Fernanda afirmou ainda que, além do contato com a natureza, a ajuda do marido, Rodrigo Hilbert e dos familiares foi de extrema importância. “Óbvio que o Rodrigo me deu muito colo. Minha família foi muito importante. Mas você chora e uma hora tu para. Porque tipo: ‘Ah, não vou ficar aqui chorando na frente de todo mundo’. Dava uma vergonha chorar. Foi muito importante para mim, essa coisa de estar perto da natureza, porque na natureza eu me libertei, libertei minha dor, libertei meu grito visceral”, disse.

Ainda durante a entrevista, a global destacou a chegada de sua filha como algo importante para se manter focada e sair do período de luto. Fernanda é mãe João e Francisco, de 12 anos, e de Maria, de 1 ano, que ainda está mamando.

“Maria foi um presente para mim. É a minha menina, minha companheira. Eu engravidei, sei lá, com 41 anos. Foi uma gravidez um pouco mais tarde. Eu estou para ela o tempo todo. E tem sido gratificante estar com ela, tê-la. Ela não me deixa dormir. Passamos a noite inteira acordadas. Ela mama três vezes à noite. E eu acordo assim, com este sorriso. Ela acorda, digamos, à 1h, às 4h e às 7h. Então, a cada acordada, dou a mamada e fico ali olhando para ela. É lindo. É fogo também porque fico cansada. Mas tem sido muito legal e importante para mim. Ela está me preenchendo de amor. Não só a mim, mas a todo mundo aqui em casa”, contou.