Fernanda Nobre volta a falar de relacionamento aberto: “Despertar para o feminismo”

A atriz Fernanda Nobre (Imagem: Reprodução/Instagram)

A atriz Fernanda Nobre vem falando cada vez mais sobre assuntos importantes de sua vida nos últimos tempos. Em uma nova entrevista, agora para a revista Glamour, a artista brasileira decidiu citar alguns temas polêmicos como o feminismo, o relacionamento aberto e até a pandemia do novo coronavírus.

Em 2015, eu fui desperta para pensar o feminismo por mulheres compartilhando suas histórias publicamente que me fizeram refletir sobre mim mesma e o padrão de comportamento machista que eu reproduzia inconscientemente em meu dia a dia. Mergulhei de cabeça nos estudos e este assunto se tornou primordial para mim. Estudei muito o percurso da mulher na humanidade e me deparei com uma questão que mudou meu olhar para tudo: a escolha ainda é um artigo conquistado a duras penas”.

Liberdade

Usando muito as redes sociais para falar do tema, a artista explica que, mesmo sem saber, as mulheres de hoje ainda repetem comportamentos antigos. “Achamos que estamos fazendo escolhas, mas na verdade (na grande maioria dos casos) já foi escolhido para nós há centenas de anos. Meu intuito é passar as informações e provocar uma reflexão nas mulheres de que nem sempre nossas escolhas são conscientes. Estou compartilhando meus estudos com toda responsabilidade que é necessário para este assunto”, afirmou a loira.

Relacionamento aberto

Fernanda Nobre, como não é segredo para ninguém, vive atualmente um relacionamento aberto com o diretor José Roberto Jardim. Durante a entrevista, a atriz explicou que se sente mais livre. Ela lembra que as pessoas aprendem que só existe o relacionamento heterossexual e monogâmico.

Fomos ensinadas que a monogamia é ‘normal’ e ‘natural’. A gente não escolhe e não reflete sobre ela, não questiona. Aceitamos e pronto. Ela nos foi imposta como forma de controle por razões econômicas por causa da propriedade privada. Há centenas de anos, os homens precisavam garantir que seus filhos eram deles para deixar suas heranças, a maneira encontrada de conquistar esse controle foi impedindo que suas mulheres tivessem relações com outros homens, se tornando propriedades de seus maridos”.

Na opinião de Fernanda, a monogomia só existe para as mulheres, já que os homens vivem, em sua opinião, de forma hipócrita. “Não por uma falta de caráter masculino, mas por causa de uma dinâmica na sociedade que tem uma permissividade para que esses homens não sejam fieis à suas mulheres. Enquanto para nós, mulheres, a traição, desde sempre, foi punida com crítica e violência, há poucos anos ainda éramos duramente penalizadas legalmente. Muito diferente do que acontece com os homens”, disse. A entrevista completa está no site da revista Glamour.