Flávia Alessandra desabafa sobre cenas de agressão

Flávia Alessandra em cena de Salve-se Quem Puder (Imagem: Reprodução/TV Globo)

A atriz Flávia Alessandra participou no último sábado (17) do programa Altas Horas, comandado por Serginho Groisman na Globo. A atração foi ao ar no dia em que a emissora levou ao ar a reprise do último capítulo da novela Salve-se Quem Puder, que contou com a participação da artista na pele da personagem Helena.

Na reta final da trama, Helena passou por momentos de terror ao sofrer inúmeras agressões do marido, Hugo (Leopoldo Pacheco). Flávia desabafou sobre gravar as sequências. “Minha personagem nos últimos capítulos passou por isso, e eu acho que é um tema que a gente tem sempre que trazer à tona: a violência contra a mulher. A gente não pode aceitar. Não existe justificativa nem desculpa“, disse.

Denuncie

Na sequência, Flávia Alessandra deixou um pedido para que as pessoas denunciem casos de agressão à mulher, algo que acontece com mais frequência do que as pessoas imaginam. “A vítima é a mulher. Se você souber, denuncie! Vamos apoiar umas as outras. Vamos dar um basta. Em briga de marido e mulher a gente deve se meter, sim, para salvar a mulher”, pediu a atriz, que desabafou sobre as gravações.

Depois das sequências finais que eu fiz de agressão, eu chegava em casa tão dilacerada. Deve ser devastador uma mulher passar por isso. Deve ser muito difícil ela conseguir, de fato, reagir. E nos tempos de pandemia, o que tem se visto é o aumento da agressão, porém não da solução, porque a mulher está sendo obrigada a estar coagida com seu agressor dentro do mesmo lugar”, disse.

Por fim, a famosa deixou um conselho para as telespectadoras que estejam passando por situações semelhantes. “Então, quando você tem a constatação de que aquilo está acontecendo, se meta sim. A gente não pode achar normal. Não existe justificativa para essa monstruosidade”, finalizou.

Gravações na pandemia

Recentemente, Flávia Alessandra foi entrevistada pela revisa Quem para falar sobre a trama. “A novela é leve, exibida entre dois telejornais e traz um escapismo para a sociedade. Você consegue embarcar na história da novela e consegue escapar das tragédias em que estamos rodeados. Foi um grande acerto não retratar a pandemia na história”, disse, explicando que gravar na pandemia foi muito diferente.

Em determinadas situações, por ser protagonista, vinham me oferecer um camarim só para mim, por conta do volume de trabalho. Nunca optei por isso. Sempre fui da turma que falava: ‘Não me deixem sozinha no camarim’ (risos). Gosto de dividir e trocar com os outros. Desta vez, tive um novo processo de trabalho e formou-se uma corrente muito positiva entre nós por conseguirmos realizar e entregar ao público algo novo. Dá a sensação de satisfação, orgulho por ter conseguido dar conta. É muito bom poder oferecer entretenimento inédito.”