Glória Maria reflete sobre novos tempos: “acho tudo isso um saco”

Glória Maria refletiu sobre os novos tempos (Imagem: Reprodução / TV Globo)

Confinada em casa por conta do isolamento social, Glória Maria participou de uma live com a jornalista Joyce Pascowitch, e comentou sobre o novo normal em meio à pandemia, além de falar sobre assuntos polêmicos, como assédio e preconceito.

Na visão da comunicadora da TV Globo, tudo isso é um saco. “Eu acho tudo isso um saco. Hoje tudo é racismo, preconceito e assédio. A equipe com que trabalho me chama de ‘neguinha’, de uma forma amorosa e carinhosa. Estou mais de 40 anos na televisão, já fui paquerada, mas nunca me senti assediada moralmente. O assedio é algo que te fere, é grosseiro, desmoraliza. Existe uma cultura hoje que nada pode. Tem que ter uma diferenciação, não dá para generalizar tudo. O politicamente correto é um porre. Acredito que o politicamente correto é o caráter, a honestidade. Esse mundo que a gente está vem muito da amargura das pessoas, não aceito”, revelou ela, que prosseguiu argumentando sobre a quarentena.

“São 10 meses, emendei a cirurgia com a pandemia. Não vi um mudo novo surgir nesse período. Viajei 40 anos sem parar e de repente estava em casa quietinha, observando. Vi coisas inacreditáveis, desamor, um mar de lama… Ou é novo, ou é normal, vamos ter que partir de novos olhares. Nada mudou, mas algumas pessoas se viram melhor, começaram a se observar. Será que é preciso uma pandemia para olhar para o outro? Isso é uma coisa da sua alma, não acredito nessa ajuda só porque é hora de ajudar. Ou você olha sempre para o outro, ou você não olha nunca”, contou Glória.

Por fim, a famosa revelou que todo esse tempo confinada lhe serviu como uma boa experiência. “Não tinha noção do que era a minha casa, nunca tive a chance e esse período foi maravilhoso. Comecei a olhar meu jardim, meus quadros… Tinha vergonha quando falava com as pessoas no telefone e elas reclamavam da pandemia. Como ia explicar que eu estava adorando? Descobri amigos que não sabia mais que tinha, livros… Esse isolamento me preencheu a alma. Com a tragédia eu estou acostumada, cobri guerras, violência, dor, sofrimento, poucas pessoas entendem mais do que eu. Pude ficar em paz comigo mesma, coisa que há ‘séculos’ não conseguia”, concluiu ela.