Ivete Sangalo iniciou o ano praticando exercícios. A cantora surgiu durante uma caminhada por uma estrada de terra em Praia do Forte, na Bahia, na companhia do marido, Daniel Cady.
Em seu perfil no Instagram, o nutricionista compartilhou vídeos na ferramenta Stories, aos beijos no maior clima de romance durante o programa. “Primeira caminhada do ano com a melhor companhia”, declarou ele na legenda da publicação.
O casal passou a virada do ano junto aos filhos: o primogênito Marcelo, de 11 anos, e as gêmeas Marina e Helena, de 02, no reduto turístico, que tornou-se refugio da família desde o início da pandemia.
Cabe ressaltar que este ano foi o primeiro dentro de muitos, no qual Ivete não passou o Réveillon no palco. A artista baiana teve o seu show cancelado devido aos novos casos de coronavírus que passaram surgir na Bahia, assim como em todo o Brasil.
Crítica social
Vencedora do prêmio Mário Lago, do Domingão do Faustão, Ivete Sangalo condenou a forma com a qual o brasileiro costuma lidar com as diferenças, durante a homenagem, que aconteceu no último dia 27. A cantora que é famosa nas redes sociais por se manter longe das polêmicas e evita se pronunciar sobre temas que possam levantar discussões.
A artista destacou a homofobia e o racismo. “Somos [os brasileiros] conhecidos pela nossa alegria e simpatia, e agradeço por isso, mas também há de ter um reconhecimento das nossas falhas como sociedade. O nosso país é o que mais mata homossexuais no mundo. O Brasil é um país racista, homofóbico, de feminicídio e de ataques às minorias que na verdade não são minoria”, disparou a baiana.
“Esse perfil doente, equivocado, é pautado na ideia da desigualdade, sabendo que somos todos iguais em direitos. Cabe a nós nos olharmos para que a gente continue vibrando essa alegria que estamos aqui, para que tenha notícia boa, mas consciente de que os indivíduos têm que ser respeitados de forma igual. É isso o que a gente quer”, acrescentou.
Ainda durante o programa, Ivete reconheceu o seu privilégio ao refletir sobre oa desigualdade e discriminação no Brasil. “Agradeço muito pelo fato de ser uma pessoa famosa, mas sou mãe. O meu filho pode correr na rua sem camisa. Para mim, seria terrível não deixar meu filho andar na rua porque poderia ser alvejado por uma bala… Ou um filho meu ser homossexual e não poder ser feliz.”
“Me perguntam muitas vezes o que eu vou ensinar para minhas filhas sobre esse mundo machista. Não ensino às minhas filhas, ensino ao meu filho que ele tem que entender o seu próprio poder, mas que também precisa respeitar o poder de existência do outro, de quem quer que seja”, completou.
