Jessica Alves, que ficou conhecida no mundo inteiro como Ken Humano, antes de sua mudança de gênero, revelou que evitou ter relacionamentos com homens gays quando ainda era um homem e que deseja perder sua virgindade com alguém especial agora que se tornou mulher.
Numa entrevista para o jornal britânico Mail, ela admitiu que foi para a Tailândia para realizar uma cirurgia para redesignação sexual, e que se submeteu a uma vaginoplastia, que tem duração de aproximadamente seis horas. Aos 37 anos, ela relatou que lutou muito contra a própria identidade.
“Quando olhei minha transição após minha viagem à Tailândia em 2019, muitas pessoas pensaram que era um golpe de imprensa simplesmente porque muitas pessoas não me levem a sério”, disse ela. “As pessoas assumiram que eu era uma viciada em cirurgia plástica quando, na verdade, eu estava tentando me encontrar e quem eu realmente era!”
Sobre suas experiências românticas ou íntimas Jessica explicou:
“Eu nunca tive um relacionamento com um homem gay porque meu cérebro sempre foi feminino. Lembro-me de quando eu estava crescendo eu costumava usar roupas de minha mãe e dançar em casa e isso foi quando eu estava feliz. Ainda estou me curando, mas já tenho uma vagina e ela é perfeita. Tenho 37 anos e escolhi uma vagina que parece jovem, o equivalente a uma de 18 anos”.
“Minha vagina funcionará da mesma forma que uma vagina biológica e daqui a três meses poderei perder minha virgindade e ter relações sexuais”, acrescentou ela. Sobre a perspectiva disso, ela explicou sua situação: “A questão é que eu não tenho ninguém no meu radar ainda. Eu quero que esse dia seja mágico e especial mesmo, então se eu tiver que esperar mais por isso eu vou fazê-lo até que o homem certo para o meu eu apareça”.
Jessica que passou pela cirurgia no dia 17 de fevereiro, disse que sua família a tem apoiado em todas as suas decisões, e que a operação teve um custo de quase 98 mil reais.
“Perdi a maioria das pessoas que presumi serem meus amigos. Eles não conseguiam lidar com as mudanças”, revelou ela com pesar. “2020 foi um ano muito solitário com restrições de Covid – mas eu pude fazer minhas cirurgias de feminicídio e fazer minha terapia hormonal em particular, pois a lista de espera no NHS para ter a primeira avaliação é de três anos, então eu não podia confiar nela”.
Somando-se a esse sentimento de isolamento, Jessica admite que nunca conheceu outra mulher trans.
“Nunca conheci uma mulher trans na minha vida. Nunca tive ninguém para admirar. Eu apenas segui meu coração”, disse ela.
Ela também revela como perdeu o trabalho graças à sua transição.
“Nos últimos oito anos tenho trabalhado como personalidade da TV em muitos países, fiz mais de 400 programas de TV em 23 países. Eu sabia que uma vez que eu saísse como uma mulher trans eu perderia muito trabalho. Perdi contratos de TV na Rússia, Romenia, EUA e Espanha, incluindo patrocínios de marcas e produtos”, revelou.
Comunicólogo balzaquiano, paulistano, e com experiência vasta nesse mundo virtual. Adorador de séries, filmes, quadrinhos, e tudo o que envolve a cultura pop.
