Jéssica Ellen conta como passou a quarentena dividida entre sua casa e a do namorado

Jessica Ellen como Camila em Amor de Deus
Jessica Ellen como Camila em Amor de Mãe (Divulgação/ TV Globo)

Jéssica Ellen terminou recentemente seu trabalho como Camila, na novela Amor de Mãe. A trama que foi interrompida por causa do coronavírus teve suas gravações finalizadas há pouco mais de um mês, e carioca de 28 anos, agora tem outras planos, investir em uma carreira musical. Ela, que é namorada do ator Dan Ferreira, que também esteve na trama contou como eles lidaram com a pandemia e o isolamento social.

“Esse ano foi e ainda está sendo muito desafiador. [A quarentena] foi um processo de desaceleração mesmo. Para mim, foi um período de autoconhecimento, para reafirmar o que é importante e o que não é na minha vida. Somos vizinhos, então dividimos a quarentena entre as nossas casas. Ele passava um período aqui e eu passava um período na casa dele. Foi maravilhoso porque, antes da pandemia, eu estava gravando todos os dias e o Danilo também estava em uma agenda muito corrida”, disse ela em bate-papo com o site gshow.

“Conseguimos ficar mais juntos do que nunca. A gente falou: ‘agora é daqui para a vida’. Foi muito bom”, explicou a atriz, que ainda vai lançar um EP.

“A arte é fundamental na minha vida. Nunca tive dúvidas de que viveria da arte e que essa é a minha motivação na vida. A música, para mim, é muito especial porque sinto que tenho um pouco mais de liberdade para falar dos assuntos com os quais me identifico por total”, disse.,

“O meu trabalho como atriz acaba sendo um trabalho mais coletivo, a gente acaba sendo uma peça fundamental na contação de histórias, que é algo que eu também gosto muito e que me emociona profundamente” completou ela, que já disponibilizou nas plataformas digitais o primeiro single, Macumbeira.

“Esse projeto já estava dentro de mim. A concepção já existia, e, com a pandemia, consegui organizar as ideias e entender o que eu queria fazer e o que eu queria falar. É sobre a minha relação com a matriz africana porque isso é uma memória muito familiar na minha vida. Meu avô era da umbanda, então quis falar sobre esses valores muito bonitos que me foram passados. [O nome] ‘Macumbeira’ é uma forma de ressignificar um ‘xingamento’. É reverter a vergonha, o medo, por orgulho.”

“Acho muito gratificante e muito bonito saber que cresci vendo referências e que, agora, sou referência para muitas meninas, mas também me traz um senso de responsabilidade muito grande.”

“Temos o poder de influenciar a vida das pessoas. Influenciar pensamentos e atitudes, então é preciso ter muita sabedoria para entender como falar sobre determinados assuntos. O que falar, como falar, o que defender… Estou nessa parte de começar a me tornar uma referência – até porque me sinto tão nova, sabe? Acho que ainda tenho muito o que aprender, mas é bonito saber que sou vista como referência”, reflete.