Léo Áquilla detona demissão da Record: “Não queriam uma travesti”

Léo Áquilla relembrou de reality show e falou sobre a carreira (Foto: Reprodução)

Aos 51 anos, Léo Áquilla soma muitos momentos marcantes na carreira na televisão e fora dela também. A jornalista já participou de A Fazenda, já atuou em bancada de fofoca de famosos e foi demitida da Record, sua última casa.

Em conversa exclusiva ao Entretê, ela relembrou a época que entrou no programa rural da emissora evangélica, falou sobre entrar em um novo reality e a demissão da empresa de comunicação.

Confira:

-Como avalia a sua participação em A Fazenda?

Léo Áquilla: Acredito que foi uma experiência única na minha vida. Exigiu bastante coragem e foi um aprendizado diário, pela convivência com as pessoas e o confinamento… Não foi fácil!

Mas acho que o público sentiu verdade em mim, senão, eu acredito que não teria terminado em 3º lugar. Mas foi outra época, eu já não sou aquela Leo e hoje em dia faria algumas coisas de forma diferente, com certeza. Ainda bem que evoluímos, né?

-Léo, você se arrepende de algo que tenha feito ao longo da vida profissional na TV?

Léo Áquilla: Não me arrependo de nada, não! Como eu disse, sei que com o pensamento que eu tenho hoje, faria algumas coisas de forma diferente. Mas na época, eu fiz as escolhas que achei que eram as melhores.

Ao invés de arrependimento, tenho orgulho da minha trajetória e acredito que tudo o que eu fiz e passei faz parte de quem sou hoje, do que estou construindo.

Luta LGBT

-Se considera uma grande figura LGBT ao lado da população LGBT?

Léo Áquilla: Sempre estive ao lado da comunidade LGBT e sempre vou estar, faço parte dela. Lutar por menos preconceito, por mais oportunidades, garantir direitos, conscientizar as pessoas faz parte da minha luta pessoal e, agora, é uma missão que quero levar para o Congresso.

-Entraria em um outro reality da Record? Um Power Couple caso fosse chamada?

Hoje não mais porque sou Candidata à Deputada Federal por São Paulo, meu foco agora é esse. Quero mostrar para as pessoas que estou preparada para cuidar delas, tornar a política acessível para todos, garantir os seus direitos e conquistar melhorias.

-Valeu a pena ter participado de A Fazenda?

Com certeza! Foi uma experiência única e faz parte da minha história.

Demissão polêmica na Record

-Você acredita ter sido demitida de forma injusta da Record?

Não acho que foi justo porque primeiro não teve explicações, eu não entendi na época. O que eu sabia é que estava lá, trabalhando e fazendo o meu melhor, e estava funcionando!

Depois eu fui descobrir que foi por puro preconceito, porque não queriam uma travesti como contratada na emissora. Desconsideraram o meu trabalho completamente. Ninguém deve ser anulado ou julgado por ser quem é. O que deveriam avaliar é o meu trabalho, que estava indo muito bem!

-O que pensa sobre a cultura de cancelamento?

Não acho que o cancelamento seja a solução para lidar com tantas atitudes contestáveis que vemos hoje, porque ele pode funcionar como gatilho para a saúde mental das pessoas. E precisamos pensar nisso!

Por outro lado, tem comportamentos que não devem ser tolerados e são criminosos. Racismo, machismo, LGBTfobia devem ser punidos como crimes que são. Mas pelos órgãos competentes.

-Qual momento da carreira considera o mais marcante?

Cada conquista é um momento marcante para mim. Então, gosto de acumular conquistas e momentos. Para a minha carreira como artista, cantar no Teatro Municipal no meu último clipe foi emocionante. Para a minha carreira política, que é meu foco agora, será me tornar Deputada Federal!