Maju Coutinho cita Camilla de Lucas ao falar sobre racismo e feminismo

A jornalista Maju Coutinho (Foto: Reprodução)

Famosa por seu talento para o jornalismo e também por sua coragem em falar de temas de extrema importância, Maju Coutinho, atual apresentadora do Jornal Hoje, da Globo, decidiu falar sobre a forma como as mulheres lidam com homens hipócritas. São os chamados “esquerdomachos”, que dizem ser progressistas mas agem de uma forma totalmente diferente no dia a dia.

Em entrevista ao programa Papo de Segunda, do canal GNT, Maju falou sobre Camilla de Lucas, que participou do BBB 21 e demonstrou cansaço por ter que explicar sempre as mesmas questões raciais.

“Camilla foi minha torcida no BBB e eu concordo com ela. Às vezes cansa ficar desenhando questões sobre racismo, feminismo, mas é a luta. A gente tem que seguir essa luta pra conseguir a mudança. Cansou? Respira, recarrega e vai levando até onde dá. Tem que pegar pela mão. Você pega mão, tenta guiar pelo caminho, tenta apontar as coisas que não tão legais e aí você tem que ter a percepção também de dar um basta nessa história”.

Homens “feministos”

Na sequência, a jornalista usou o espaço para dar dicas a outras mulheres e ainda falou sobre os homens “feministos” que têm surgido atualmente. “Não sei se é epidemia, não sei quantificar. Mas acho que nós mulheres, temos que tá com a lente bem afiada, olhar bem apurado pra desmascarar o feministo. Cabe a nós não cair no conto”, disse.

Sacou que o cara não tá agindo do jeito que ele tá pregando, dá o fora. Isso vale pro feministo, pro afro conveniente. Eu acho melhor um feministo bem intencionado, que dá aquela escorregada e a gente pode dá um toque e ele pode deixar de lado certos comportamentos machistas”.

O trabalho na pandemia

Em outro ponto da conversa, Maju Coutinho falou sobre como é uma responsabilidade ainda maior dar notícias nos tempos difíceis de uma pandemia como a que vivemos. Em sua opinião, a maneira de de noticiar continua a mesma, mas a intensidade é totalmente diferente.

“Eu lidava com um cardápio que era pesado, mas com a pandemia a gente fincou o pé na doença, na morte, quase todo dia. É uma intensidade, uma carga tão forte de notícias ruins, que mudou a maneira de lidar com essas notícias ao final da jornada. Como que você faz isso de uma maneira que não fique piegas? Porque você não pode entrar na notícia de uma maneira que você se abale, mas também não pode ser de uma maneira que pareça muito distante. É muito difícil”.