A apresentadora Mamma Bruschetta deu uma entrevista ao podcast Horóscopo na Band, em que abriu o coração e detalhou o processo da sua transição de gênero.
A famosa explicou como foi a decisão de usar o nome Mamma Bruschetta Piccirillo Henrique em seus documentos.
“Eu era conhecida com esse nome. Nada mais justo. E foi por causa do banco. Meu gerente falou: ‘Escuta, por que você não põe o seu nome [no RG]?’. Saiu uma notícia de que eu tinha feito a passagem do nome, que eu tinha me tornado trans”, afirmou.
Ainda de acordo com Mamma, não houve qualquer questão maior.
“Não é nada demais, é minha vida! Nunca senti preconceito. O máximo que ouvi de hater foi: ‘essa gorda chata. Essa velha’. Também acho que sou gorda, meio chato às vezes e sou velha. Então não tem nada que me ofenda. Enfrentei mais na infância, no colégio, o bullying”, relembrou.
Também na entrevista, a artista ressaltou seu pioneirismo na televisão.
“Fui a primeira pessoa a fazer um papel feminino em uma revista eletrônica de manhã. Eu fazia a Condessa Giovanna, que criei para o TV Mix. Depois essa mesma personagem apresentou o programa junto da Astrid Fontenelle e o Serginho Groisman. A Hebe me convidou para o programa dela, fui fazer o Show de Calouros, e fiquei famosa”, contou.
Cirurgia e ideia da personagem
Em entrevista recente à QUEM, a apresentadora contou que apesar de ser uma mulher trans, ela não fez e nem pretende fazer a cirurgia de redesignação sexual. “Quando mudei meu RG me declarei trans. Não quero fazer resignação cirúrgica. Fiz a mudança de nome para ser oficialmente Mamma Bruschetta Piccirillo Henrique”, falou.
Mamma contou ainda que a ideia do nome foi de Clodovil, que morreu em 2009.
“Quando o Clodovil entrou para fazer o programa Mulheres da TV Gazeta, eu também estrearia com ele. Como na época eu fazia a Condessa Gionanna e ele achou que seria melhor que eu mudasse meu personagem para uma senhora mafiosa. E assim me transformei na Mamma Bruschetta”, revelou.
A inspiração da personagem veio do mafioso Tomazzo Buschetta, que havia sido deportado nessa época para a Itália.
“A personagem foi aceita com muito carinho pela mídia e população. Passei a viver a personagem que havia virado personalidade. Então, trabalhando 24 horas nessa personalidade, resolvi assumi-la completamente e mudei meus documentos de identidade oficialmente”, relatou ela, que afirma nunca ter sofrido preconceito por conta da personagem.
Karla é jornalista formada desde 2017, mas trabalha com entretenimento desde 2014. Tem 28 anos, mora em São Paulo capital e adora estar antenada nas redes sociais. Pode ser encontrada como @fannykyta no Instagram.