Manoel Soares choca ao relembrar passado terrível: “Dormia na rua”

Manoel Soares desabafou sobre as dificuldades da vida (Foto: Reprodução)

Atualmente no comando do Encontro na TV Globo, o apresentador Manoel Soares, de 43 anos, já enfrentou diversas dificuldades ao longo da vida. Em conversa ao podcast PodPah, ele contou que já morou na rua, quando se mudou da Bahia para o Rio Grande do Sul, em 1999.

Ainda segundo o relato do jornalista, tudo isso aconteceu após ele e o irmão perderem seus empregos na capital do Sul. Na época, ele tinha quase 20 anos de idade.

“Por volta de 1999, o emprego que a gente recebeu caiu, a gente ficou sem nada. Meu irmão, que tinha ido junto comigo, voltou e eu virei morador de rua. Tinha 19 para 20 anos”, começou.

“Na zona norte [de Porto Alegre] tinha um viaduto e comecei a dormir ali. Deitava ali umas 11 horas da noite, 5 horas da manhã os caminhões já começavam a roncar, você já levantava e dava uma ajeitada. Fiquei uns quatro meses nessa pele”, revelou.

Dando sequência ao período, Manoel se referiu com o pronome errado ao falar de travestis. Na ocasião, ele disse que na época não tinha malícia e fazia a segurança delas nas ruas.

“Na noite, você acaba descobrindo formas de se sustentar. Tinha uns travestis na rua da frente que ninguém cuidava ‘deles’. Os homofóbicos iam lá, tacavam pedra ‘neles’ e tal. ‘Eles’ me chamaram para, se alguém fizesse alguma coisa com ‘eles’, era para eu correr atrás dos caras. Eu era segurança de travestis na noite. ‘Os caras’ lá se prostituindo, na rua Francisco Trein, ficava um pouco mais à frente… A gente está falando de um cara de 20 e poucos anos, negão, grandão, sem nenhuma malícia de vida”, comentou.

Racismo

Vale destacar que, nas últimas semanas, Manoel Soares se revoltou ao vivo durante o Encontro, após entrevistar uma senhora, que havia apanhado do patrão e sofrido racismo por ele. Indignado, o comunicador rasgou o verbo sobre a situação.

“Isso é um absurdo! Sou filho de uma mulher que trabalha em domicílio e a gente está muito chocado. Não existe contexto que justifique esse tipo de violência. Importante lembrar que qualquer trabalhadora domiciliar que vai mais de dois dias numa casa deve ter a carteira assinada. Se isso não acontece, é uma ilegalidade. Temos duas situações de erro: a violência e a situação de ilegalidade. Fora toda a violência de intimidação, assustador aquilo”, desabafou o companheiro de Patrícia Poeta.