Mayana Neiva fala sobre a série “Rotas do ódio” e temas tensos

Mayana Neiva relembrou preconceito (Foto: Reprodução)

A atriz Mayana Neiva está longe das novelas da TV Globo, desde o fim de “Éramos Seis“, e em conversa com a revista Quem, ela relembrou momentos difíceis na carreira e o preconceito que enfrentou por ser mulher. Além do que, ela revelou detalhes da série em que atua no Globoplay, “Rotas do ódio.”

No projeto que está disponível no streaming da emissora carioca, temas como violência, intolerância e crimes bem inusitados, são abordados. Segundo a musa, quando leu o roteiro chegou a ficar assustada com as histórias.

“Acho difícil não me envolver nas histórias. Principalmente quando a gente começou a gravar. Lembro, quando li no roteiro: “gangues de ódio, crimes de ódio, intolerância”… Uma série de coisas que, para mim, pareciam de outro mundo e que hoje, alguns anos depois da estreia do primeiro capítulo da série, são a pauta do Brasil de todos os dias. Acho que não existe trabalho de ator sem você ser atravessado por aquilo”, começou ela.

Em seguida, ela destacou o crime de transfobia que também é mostrado no enredo da série. “Uma das atrizes com quem trabalhei, a Renata Perón, é uma mulher trans, que foi atacada por uma gangue de ódio só por estar caminhando na Praça da Sé. Ela chegou a perder um rim. Uma mulher é vítima de feminicídio a cada sete horas no Brasil. Não é só sobre a série, a nossa realidade precisa mudar. É difícil falar sobre esses temas, mas eles são muito necessários”, apontou ela.

Delegada

Na trama, Mayana Neiva vive a delegada Carolina Ramalho, uma das principais personagens. Segundo ela, o trabalho foi um grande presente e uma conquista em meio a passagens machistas vividas por ela.

“Cada vez mais surgem oportunidades mais interessantes para as mulheres, oportunidades que não estão diretamente ligadas a um homem. Quando eu comecei, lá atrás, muitos dos papéis oferecidos a mim eram papéis relacionados ao homem. Você vai fazer par com esse ator, você é esposa desse cara. Graças a Deus, o mundo hoje se abre e muito do audiovisual se dá ao redor de histórias femininas nos seus contextos”, declarou.

Ao concluir, ela afirmou que os detalhes da personagem são muito interessantes. “Nada em detrimento do homem, mas a favor de fortalecer essa força ancestral que a mulher tem e representa. Interpretar a Carolina é um grande presente, porque ela tem todos os lados de uma mulher que, para mim, é muito interessante”, acrescentou.