Não espere um livro de memórias de Mick Jagger tão cedo. Conversando com a BBC 6 Music, o lendário rockstar — que recentemente lançou uma parceria musical com Dave Grohl — compartilhou que, embora ele “tenha escrito alguma coisa” durante o confinamento, ele não escreveu uma autobiografia e também não planeja isso.
“Quando comecei, era nos anos 80. Me ofereceram muito dinheiro e o dinheiro era a parte sedutora”, disse ele.
“E quando eu comecei a realmente entrar nele, eu realmente não gostei. E o que eu não gostava era reviver minha vida – o prejuízo de viver no agora.”
“Se você quiser escrever uma autobiografia, este não é um processo que você pode fazer em uma semana. Isso tira muito de você“, acrescentou.
“É preciso reviver emoções, reviver amizades, reviver altos e baixos e devo dizer que não foi a experiência mais agradável.”
O cantor descreveu o processo como “maçante e perturbador” e que não havia tantas coisas interessantes sobre sua vida. Na época, ele devolveu o dinheiro do editor e disse-lhes que ele faria isso outro dia.
“Eu simplesmente não gostei do processo”, acrescentou.
Durante a entrevista, Jagger disse que estava contando suas bênçãos e falou sobre o que aprendeu durante a pandemia:
“Ser adaptável. Eu sempre achei que era adaptável, mas eu tinha que puxar essa adaptabilidade e você tem que rolar com os socos. Se as regras mudarem, você vai cair com elas”, disse ele.
“Isso faz de você uma pessoa mais forte. Você tem que se dar bem com as pessoas com quem você está gastando mais do que normalmente… você tem que ser paciente, aprender auto-confiança. A outra coisa que me manteve vivo é que tenho muita sorte de ter outros lugares que tinham espaço ao ar livre”.
“Eu não sei o que eu teria feito se eu não tivesse espaço externo em casa. Tive muita sorte de ter um jardim muito bom. A música e o espaço ao ar livre foram o que me ajudaram a superar isso.”
Jagger disse que ainda tem sido capaz de tocar música durante a pandemia e colaborar com as pessoas – e que este é o maior tempo que ele passou na Inglaterra.
“Eu tenho sido muito criativo. Escrevi muitas músicas e fiz algum tipo de discos acabados”, disse ele.
“Fiz muitos esboços e demos e trabalhei com alguns produtores em Los Angeles e músicos ao redor do mundo, principalmente escrevendo coisas.”
Comunicólogo balzaquiano, paulistano, e com experiência vasta nesse mundo virtual. Adorador de séries, filmes, quadrinhos, e tudo o que envolve a cultura pop.
