Monica Iozzi ficou famosa em todo o país quando se juntou ao elenco do extinto programa CQC, que era exibido pela Band. Ela não foi a única a ganhar grande projeção na atração. Atual presidente da República, Jair Bolsonaro era deputado federal e aparecia muitas vezes nas pautas polêmicas. Monica era a repórter especializada e sempre caminhava pelos corredores do Congresso, onde conversava com políticos.
Em entrevista ao portal Splash, do UOL, Iozzi decidiu falar a respeito do tema. Ela explica que, na ocasião do programa, acreditava que estava fazendo uma espécie de denúncia. Hoje, a famosa enxerga tudo isso de uma outra forma.
“Eu fui a pessoa que mais entrevistou o Bolsonaro [no programa]. O que eu posso dizer é que toda vez que a gente mostrava o Bolsonaro, era no intuito de fazer uma denúncia. Queríamos denunciar e questionar como era possível termos parlamentares daquele nível”, explica.
“Não era pra ter sido”
Em outro ponto da entrevista, Monica Iozzi diz que a intenção da emissora e do CQC eram trazer pautas que prestassem um serviço à sociedade. Além disso, ela opina que Bolsonaro jamais deveria ter se tornado presidente.
“O que eu quero dizer é: como uma pessoa com tamanho despreparo para qualquer tipo de cargo público, e com um discurso que propaga tanto ódio, poderia chegar lá? Não era nem para ele ter sido deputado, muito menos presidente. Então, mostrávamos o Bolsonaro para fazer uma denúncia”, garantiu.
Iozzi fala de arrependimento
A publicação ainda falou sobre a grande visibilidade que o programa acabou trazendo para Jair Bolsonaro. Ela diz que não seria possível prever tudo o que aconteceu no final das contas e foi questionada se tem um arrependimento por, de alguma forma, ter ajudado o presidente e ficar mais conhecido nacionalmente.
“Não dava para saber que mostrar o Bolsonaro pudesse ser uma coisa tão perigosa. Não dá para imaginar que daria [nisso]. Eu achava que estava fazendo um bom trabalho, prestando um serviço”, reiterou a ex-apresentadora do Vídeo Show, da Globo.
Antes de finalizar o bate-papo, Monica explicou que não consegue responder se guarda um arrependimento a respeito. “Eu não sei se tenho uma resposta para isso. Você quer denunciar. Mas, ao mesmo tempo, você daria espaço para uma pessoa falar coisas absurdas? […] Sempre o mostrei de maneira séria e muito crítica, mas talvez o melhor seja não dar voz para essas pessoas”, finalizou.
Formado em Marketing, é apaixonado por assuntos relacionados a entretenimento e televisão, no geral. Viciado em redes sociais e conteúdo para a web, acompanha esses tópicos há cerca de 15 anos.
