Na quarentena, Paulo Gustavo revelou medo em contrair a Covid-19

Paulo Gustavo
Paulo Gustavo (Foto: Reprodução/YouTube)

A morte de Paulo Gustavo comoveu o país todo na última terça-feira (4). O humorista estava internado desde o dia 13 de março em decorrência de complicações da Covid-19 e infelizmente não conseguiu sobreviver.

Em maio do ano passado, no início da pandemia, o ator chegou a revelar durante participação no programa “Além da conta”, comandado por Ingrid Guimãraes, no GNT, que tinha muito medo em contrair o vírus, por conta de alguns problemas respiratórios.

“Eu tenho problema respiratório. Eu tenho muito medo porque vejo essas matérias das pessoas dizendo…A medicina não sabe ainda como esse vírus reage dentro de cada pessoa”, desabafou ele. “Cada hora, você vê uma notícia nova. Tenho medo de pegar isso”, completou.

Na época, Paulo estava cumprindo o isolamento social em sua casa e chegou a alertar seus fãs sobre a importância em respeitar a quarentena e seguir as medidas preventivas.

“Às vezes, você pode ser uma pessoa assintomática, que não tem sintoma, e você pode passar pruma pessoa que está do seu lado. De todos os lados, eu prefiro ficar na quarentena, já que eu posso”, afirmou ele.

Na mesma entrevista, o comediante destacou como ele se sentia bem em poder levar alegria através do humor para outras pessoas, principalmente em um momento onde a tristeza tomava conta.

“Cada um tem uma função na Terra, cada um tem uma história aqui. Eu sou uma cara que eu sou comediante, que tenho facilidade de fazer as pessoas rirem. E eu acho que as pessoas estão precisando disso”, disse ele. “Quando eu faço meus posts engraçados, as pessoas: ‘Só você, o primeiro riso do meu dia. A gente cura as pessoas. A gente transforma as pessoas. A gente usa o humor para isso”, disse ele.

Última entrevista

Em dezembro do ano passado, Paulo Gustavo concedeu sua última entrevista, durante uma coletiva de imprensa virtual para falar sobre o especial “220 Volts”, exibido pela Globo no fim do ano (e reprisado ontem, como homenagem após sua morte). Em um dos momentos, ele comentou sobre a pandemia e falou que, mesmo nos momentos mais tristes, buscava motivos para sorrir.

Não sei se é um dom ou uma coisa que exercitei ao longo da vida. Muita coisa que tem no ‘Minha Mãe É uma Peça’ no teatro, na vida real não foi engraçada. Transformei aquilo em comédia. Dona Hermínia é uma personagem muito sozinha. Minha mãe foi uma mulher sozinha durante um tempo. Porque eu e minha irmã morávamos com o meu pai, ela trabalhava. Muita coisa dela na peça que é engraçado, na vida real era triste e difícil.”, lembrou ele.