No Limite encalha e Globo perde faturamento de milhões

Fernando Fernandes no comando do No Limite (Foto: Reprodução/TV Globo)
Fernando Fernandes no comando do No Limite, que sofre com falta de patrocinadores (Foto: Reprodução/TV Globo)

A nova temporada do No Limite se tornou um problema para a Globo. O reality de sobrevivência não empolgou e foi abandonado pelas marcas do ano passado. Até o momento, a edição 2022 conta com apenas dois patrocinadores.

A Globo colocou no mercado seis cotas de patrocínio para a atração comandada por Fernando Fernandes. Até agora, no entanto, somente duas foram vendidas, deixando de faturar milhões. Os patrocinadores são a marca de chocolates Lacta e a empresa automotiva Jeep.

A situação é bem diferente da vivida no ano passado, quando a emissora conseguiu vender nove cotas. Os patrocinadores da temporada 2021 foram marcas como Claro, Itaú, Skol, Amazon, iFood, TikTok, Unilever, Hoteis.com e Hypera Pharma.

Fracasso do No Limite

A debandada de anunciantes surpreendeu porque nenhuma marca do ano passado renovou o patrocínio na edição deste ano. Nem mesmo o banco Itaú, que patrocinou uma ação para as inscrições do No Limite 2022, quis voltar a aparecer no programa.

As marcas, por sua vez, tiveram vários motivos para não voltarem como patrocinadores na temporada deste ano. Em 2021, o reality não empolgou e sofreu rejeição do público, com audiência razoável e fraca repercussão nas redes sociais.

A insatisfação foi tanta que a Globo mudou tudo neste ano. André Marques foi trocado por Fernando Fernandes na apresentação. Além disso, a atração passou a ter dois episódios semanais na tentativa de engajar o público.

Outro fator é que em 2021 a TV ainda sentia os efeitos da pandemia de covid-19, que fez muita gente ficar em casa e aumentou o interesse do público por realitys. Na época, o No Limite surfou na onda do BBB 21, que fez sucesso estrondoso.

Insatisfação com a Globo?

Neste ano, a Globo também impôs restrições às marcas. O Entretê teve acesso ao plano de licenciamento de campanha do programa, que prevê várias regras. Além disso, a emissora reprovou ações de alguns patrocinadores.

Publicações das redes sociais de marcas como Skol e Itaú, que patrocinaram o No Limite no ano passado, foram colocadas como exemplos do que não pode fazer. Os anunciantes ficaram proibidos até de usar imagens do apresentador.

E a missão da Globo para conseguir vender as cotas encalhadas será difícil. O reality está com uma repercussão baixa e a audiência também não empolga. Nos três primeiros episódios levados ao ar, a atração acumula 17,4 pontos de média na Grande São Paulo.

No ano passado, quando teve elenco com famosos, o No Limite alcançou 19,5 pontos de média em seus três primeiros episódios.