A funkeira Pepita detonou a postura de Sikêra Jr neste último sábado (26), após o apresentador fazer um discurso problemático sobre a comunidade LGBTQ+. A cantora pediu que o jornalista tivesse mais respeito pelas pessoas.
“Quero mandar um recado para um ser humano que diz que é apresentador. Seu Sikêra Jr., a gente veio para ficar. O respeito é uma via de mão dupla. Você me respeita e eu te respeito. Não vem de ‘mimimi’, falando de família tradicional, se a sua pelo jeito não é”, comentou Pepita durante o Festival do Orgulho.
A fala de Sikêra foi exibida durante o programa Alerta Nacional (RedeTV!) na última sexta (25), quando ele disse estar revoltado com a propaganda do Burker King direcionada ao público LGBTQ+. Na ação, a marca mostra crianças falando de forma simples sobre a diversidade e aceitação.
“Vocês são nojentos. A gente está calado, engolindo essa raça desgraçada, mas vai chegar um momento que vamos ter que fazer um barulho maior. Deixa a criança crescer, brincar, descobrir por ela mesma. O comercial é podre, nojento. Isso não é conversa para criança”, afirmou ele.
Instantaneamente a mensagem de Pepita foi capturada pelos fãs que acompanhavam sua apresentação no Youtube. Nas redes sociais a artista ganhou apoio, gerando uma alta repercussão e debates sobre o assunto.
“A Pepita colocando o sikera no chinelo foi tudo pra mim. eu fui, eu vi, eu tava amooor fez história!”, “Eu gostei foi é muito do esmurro que a pepita deu na fala dela contra aquele lixão do Sikera Jr”. “medo do sikera responder a pepita em tv aberta e gerar um hate nela mas assim ne nada que um processo/denuncia nao resolva”, foram alguns dos comentários.
A @PepitaOfc mandando o recado pro apresentador LGBTfóbico. A LENDA! #FestivalDoOrgulho pic.twitter.com/uPIgjlFoj0
— BCharts (@bchartsnet) June 27, 2021
Ludmilla soltou o verbo
Pepita não foi a única artista que se manifestou contra o apresentador do Alerta Nacional. Neste domingo (27), a cantora Ludmilla também criticou a postura de Sikêra e ainda pediu posicionamento do Ministério Público Federal.
Em seu Twitter, Ludmilla apontou que o jornalista cometeu crime de LGBTQfobia e deveria ser punido. A carioca ainda destacou o histórico do país na luta contra casos do tipo.
“São por discursos de ódio como esse que diversas pessoas são agredidas e assassinadas todos os dias. Um caso bem recente é o da Roberta Silva, mulher trans de 32 anos, que foi queimada viva em Recife e teve 40% do seu corpo atingido. Gente, o que está acontecendo com a sociedade?”, escreveu ela.
“A LGBTQIA+ fobia se enquadrou enquanto crime para o Supremo Tribunal Federal em 2019. Um discurso desse ser falado em TV aberta é inadmissível! Por favor Ministério Público Federal, faça alguma coisa! Essas pessoas não podem ficar impunes! O Brasil é o país que mais mata LGBTQIA+ no mundo”.
Formado em jornalismo pela UNIME Salvador, possui passagem por rádio, jornal e trabalha com público de internet desde 2016. Atualmente tem focado em projetos de audiovisual, cultura pop e celebridades.