Pocah desabafa sobre ataques por bissexualidade

Funkeira Pocah (Reprodução)
A cantora Pocah (Imagem: Reprodução)

A cantora Pocah decidiu falar mais uma vez a respeito de sua bissexualidade. No Dia da Visibilidade Bissexual, celebrado na quinta-feira, dia 23 de setembro, a ex-BBB concedeu uma entrevista exclusiva ao jornal Estadão e relembrou suas descobertas na adolescência. A famosa ainda comentou sobre os preconceitos que sofre por conta disso.

“Por volta dos meus 14 anos, me chamou a atenção eu sentir mais atração por meninas do que por meninos. E no meu ciclo de amizade, as amigas sempre ficavam com garotos e eu ficava ali, né, de vela, sobrando, e não queria ficar com ninguém”, afirmou a artista.

Medo de julgamentos

Em outro momento da entrevista, Pocah falou que se sentia oprimida por questões familiares que envolviam religião, além dos julgamentos que sofria. “Ainda tinha a questão da minha família, que é evangélica, e também da minha fé. Isso me dava um certo medo de dividir o que eu estava sentindo e eles não entenderem. Nessa época eu simplesmente guardei o que estava sentindo e adiei essa vivência”, afirmou ela, que reclamou do preconceito.

“Já questionaram a minha sexualidade diversas vezes. Principalmente quando fui a público revelar que eu era bissexual. Eu lia coisas do tipo ‘agora todo mundo é bi’, ‘bi que só namora homem’. Que bom que hoje me entendo, me aceito, tenho outra cabeça e sei que a vida é de cada um”, encerrou.

Pocah fala de agressões

Recentemente, Pocah participou do programa Papo de Segunda, do canal pago GNT. A funkeira revelou que sofria agressões do ex-companheiro, chegando a ser agredida até quando estava grávida.

“Eu vivi muitos anos com essa pessoa e eu comecei a namorar muito nova. Esse relacionamento, ele é completamente conturbado, era infernal pra mim e pra quem estivesse ao meu redor. Minha família, meus amigos, era terrível e eu via o quanto era tóxico e as pessoas falavam o quanto. Eu tentava de todas as formas me livrar daquilo“, afirmou.

Ela sofria outras agessões. “Havia agressões físicas, verbais e psicológicas, manipulação, meu temor a Deus. Sou uma pessoa que tenho uma ligação com Deus muito grande e essa pessoa usava a minha fé”, continuou.

Outros detalhes

Ela deu outros detalhes a respeito. “Eu dizia: ‘O que você fez comigo? Eu quase fiquei cega do olho esquerdo‘. Era pesado. Em diversos momentos fui agredida, queria ir embora e ele dizia que estava sendo usado pelo diabo e que aquilo era o testemunho da nossa vida e que a gente iria contar isso como uma vitória”, afirmou.

“Eu perdoei uma vez, perdoei duas vezes, três vezes e muito mais. Sabe por que? Porque eu tinha medo das ameaças que eu recebia. Tinha medo de morrer em diversos momentos em meio a essas brigas, achei que eu fosse morrer. A sensação que eu tinha é que eu já tava morrendo”.