Pocah revela preconceito por cantar funk: “Não precisei usar ninguém”

Pocah revelou que sofreu preconceito por cantar funk (Foto: Reprodução)

A funkeira Pocah concedeu uma entrevista ao site Universa e falou sobre alguns assuntos diversos A artista, que está passando a quarentena ao lado de Ronan Souza, seu namorado conta que já recebeu diversas propostas indecentes. Por ser cantora de funk, muitas pessoas acreditam que seu corpo está à disposição.

A famosa revela que recebe esse tipo de proposta há muito tempo. “Desde Desde os 16 anos, quando comecei na carreira. Mas não precisei subir em ninguém nem usar ninguém para chegar onde cheguei. Sei que tem caminhos mais fáceis, mas preferi os mais longos, sem precisar me vender. Meu pai era porteiro, minha mãe empregada doméstica, e hoje eles não precisam trabalhar. Foi sofrido, passei necessidade, mas, com meu trabalho, conquistei bens e não passo mais dificuldade”, afirmou.

Machismo

Pocah ainda diz que enfrenta o machismo constantemente por conta de seu trabalho. “A gente precisa se estruturar para saber lidar. Tem contratante que quer ditar a roupa que eu deveria usar em show. Não é assim que funciona. Se quiser usar calça comprida, eu uso. É o meu momento. É uma escolha minha e não deve ser ditada, muito menos por um homem. O que eu faço, no meu dia a dia, é ensinar o que sei da melhor forma possível aos meus amigos sobre como falar e respeitar a mulher. São poucas as pessoas que aprendem no grito”, desabafou.

Na sequência, Pocah, que fala de posicionamento feminino em suas músicas, ainda contou como o feminismo entrou em sua vida. “Meu primeiro exemplo de mulher independente foi minha mãe, que sempre trabalhou muito, desde criança. Foi ela que me ensinou a correr atrás dos meus sonhos e batalhar duramente. Ela não comprava nada para ela, nem reclamava. Só se importava em deixar a geladeira cheia e os filhos bem vestidos”, comentou.

“Meus pais sempre me apoiaram e conversaram abertamente sobre tudo. Tenho amigas da minha idade que não têm essa abertura com os pais e sentem falta. Mas me descobri feminista mesmo após o nascimento da minha filha. Minha percepção ali foi a de que não tinha que aturar ninguém querendo mandar na minha vida e tomar as rédeas por mim”, disse a funkeira, que tem uma filha de quatro anos.