Polícia apreende supostas músicas inéditas de Renato Russo em operação

Polícia civil do Rio apreendeu material utilizado por Renato Russo em estúdio (Imagem: Reprodução)

Uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro apreendeu uma série de supostas canções inéditas de Renato Russo. As faixas estavam dentro de um estúdio, sob investigação do comércio ilegal de músicas, onde foi feita as buscas na segunda-feira (27).

Segundo o jornal Agora S. Paulo, os policiais da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra Propriedade Imaterial (DRCPIM) cumpriram o mandado de busca com o propósito de encontrar as obras do líder da banda Legião Urbana.

O local foi alvo por ser utilizado pelo cantor e compositor, morto em outubro de 1996, em decorrência de complicações da AIDS, em seus últimos dias de vida. Cerca de 30 composições ainda desconhecidas do grande público estariam sido compartilhadas pelo grande público. 

A denúncia teria sido feita pelo filho do artista, Giuliano Manfredini. Ele teria se deparado na internet com um perfil oferecendo as músicas do seu pai sendo comercializadas. Único herdeiro direto, o jovem detém os direitos autorais, acionou a polícia que está debruçada no caso há cerca de um ano.

Batizada de Será, em alusão a um dos maiores sucessos da carreira de Renato Russo, a operação ainda apreendeu computadores e arquivos, para a apreciação do seu material. A defesa do responsável ainda não se pronunciou sobre o caso, ao jornal.

Produtores negam músicas inéditas

Produtores musicais que trabalharam junto a Renato Russo negaram, no entanto, a existência de materiais inéditos do artista citados em um relatório encontrado durante a operação policial. Um dos alvos da investigação, Marcelo Fróes, advogado, escritor e pesquisador que trabalhou em projetos póstumos de Renato entre 2003 e 2010 nega a acusação de apropriação indevida das obras do roqueiro 

Ao G1, ele garantiu que entregou a família de Renato Russo um relatório com todas as musicas achadas em uma gravadora e acervos pessoais. Outro produtor, também ouvido pela reportagem, Carlos Trilha que trabalhou com o artista em seus discos solo, acredita que os áudios citados pela polícia devem se tratar de remixagens ou pedaços de gravações, que não entraram nas versões finais de músicas já lançadas.