O repórter da TV Globo Pedro Figueiredo, usou seu perfil do Instagram nesta quarta-feira (16), para falar sobre o episódio de homofobia sofrido por seu esposo, Erike Rianelli, após fazer uma declaração de amor ao vivo no Bom Dia Rio.
O caso surgiu após um padre da Paróquia de Tapurah, no Mato Grosso, não gostar nada de ver que o amor entre os repórteres sendo exposto no jornalístico global. Em um vídeo que circula nas redes sociais, o padre Paulo Antônio Müller chamou o jornalista de “viadinho”, além de criticar o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Em sua postagem, Pedro explicou que o vídeo da declaração é antigo e que, apesar das mensagens de ódio recebida nos últimos dias, prefere retribuir tudo com amor.
“Quem nunca sonhou em receber uma declaração de amor na TV !? Eu tive essa sorte. Foi no ano passado, no dia dos namorados. Os repórteres e as repórteres que estavam ao vivo no Bom Dia Rio se declararam pra seus amores”.
“Naquele dia, o @erickrianelli era o único LGBT do grupo. E a mensagem viralizou. Foi espontâneo, foi sincero, mas também foi um canhão de afeto. Inspirou e representou muita gente. Agora, um ano depois, voltou a viralizar. Dessa vez acompanhada por mensagens de ódio”.
Pedro ainda aproveitou o momento para deixar claro o quanto respeita todas as religiões e encerrou com o trecho da oração de São Francisco, que fala sobre amor.
“Temos um profundo respeito por todas as religiões. Acreditamos no afeto e em seu poder de transformação. A Oração de São Francisco diz: “Onde houver ódio, que eu leve o amor”. É assim que vamos seguir em frente. Obrigado a todas as mensagens de carinho que temos recebido”.
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Revolta da Igreja
O vídeo referente a declaração de Erike Rianelli para Pedro Figueiredo voltou a circular nas redes sociais logo após as comemorações do Dia dos Namorados. Ao ver o conteúdo, o padre resolveu comentar durante uma missa online.
“Pega a Bíblia e olha o Livro Gênesis: Deus criou o homem e a mulher. Isso que é casamento. Que chame a união de dois viados e de duas lésbicas de qualquer coisa, mas não de casamento, por favor. Isso é falta de respeito para com Deus (sic). Isso é sacrilégio, é blasfêmia. Casamento é coisa bonita e digna. O sentimento do amor é entre homem e mulher, marido e mulher”, disparou o pároco.
Ao fim de seu sermão, o padre ainda continuou reprimindo aqueles que simpatizam com o amor homoafetivo: ““Por favor, que esta não seja a sua cabecinha também, tá? Nem do seu filho, nem da sua filha”.
Formado em jornalismo pela UNIME Salvador, possui passagem por rádio, jornal e trabalha com público de internet desde 2016. Atualmente tem focado em projetos de audiovisual, cultura pop e celebridades.
