Reynaldo Gianecchini relata cenas difíceis com Klara Castanho: “Delicado”

Reynaldo Gianecchini
Reynaldo Gianecchini e Klara Castanho atuam juntos na série Bom Dia, Verônica, da Netflix (Imagem: Reprodução/Instagram)

Netflix estreou recentemente a segunda temporada da série Bom Dia, Verônica, que conta com os atores Reynaldo GianecchiniKlara Castanho no elenco. Na história, o galã interpreta um líder religioso que comete uma série de crimes, inclusive abusar de sua filha.

Klara Castanho foi a atriz escalada para viver a personagem e a produção estreou no streaming algumas semanas depois dela se ver obrigada a expor na mídia um caso pessoal que viveu. Em conversa com a colunista Patrícia Kogut, do jornal O Globo, Giane falou a respeito.

“É um assunto delicado. Tenho muito respeito pela privacidade da Klara e não tenho nada para falar sobre essa questão da vida particular dela. Agora, é uma grande atriz, ficamos sensibilizados porque estamos fazendo uma série de abuso e, de repente, surge essa história”, observou.

Na sequência, ele falou da importância de se fazer um alerta a respeito do tema. “Eu acho que serve para potencializar esse discurso de alerta. Essa série foi feita quando a gente nem imaginava que podia ter esse percalço. Agora é seguir com toda essa discussão importante”, continuou o ator.

Temas importantes e polêmicos

Reynaldo Gianecchini também falou sobre os assuntos polêmicos e importantes que são tratados por Bom Dia, Verônica. Um deles é o fanatismo religioso.

Essa questão da fé mexe demais com muita gente. Eu acredito muito que, se estivermos conectados a nós mesmos, pararmos a mente maluca que a gente tem, nós chegaremos a algumas respostas. Mas muitos buscam a resposta de fora. Quando você começa a querer salvadores para a vida (fica complicado)…“, opinou.

A preparação para o personagem

O ator, que interpreta o personagem Matias na série da Netflix, explicou já visitou alguns lugares específicos e conseguiu encontrar pessoas que foram positivas em sua vida. Ele afirma, no entanto, não ter se tornado um refém.

As pessoas podem te dar um caminho para conseguir olhar para dentro. Como aconteceu comigo. Eu já fui a vários retiros, encontrei pessoas incríveis que me ajudaram, mas nunca fiquei refém nem pensava: ‘Você é meu Deus e você me diz o que posso fazer’. Isso é muito perigoso porque os líderes são seres humanos, que são falíveis e têm questões para resolver“, disse.

Ele finalizou falando sobre fé. “É muito difícil você colocar sua fé na obediência a um outro ser humano. A minha tem a ver com olhar para dentro. Muitos me ajudam, claro, mas não sou fanático. O guru, o fanatismo e os líderes religiosos podem oferecer muita coisa boa (…), mas também podem abrir caminhos para manipulações. Minha experiência pessoal diz: nunca entregue toda sua força e essência“, encerrou.