Ricky Martin relembra situação desconfortável ao ser questionado na TV

O cantor Ricky Martin (Imagem: Reprodução/Instagram)

O cantor Ricky Martin decidiu fazer um desabafo a respeito de sua sexualidade. O famoso concedeu uma entrevista reveladora para a revista People e relembrou um momento difícil em que foi entrevistado pela repórter Barbara Walters. Na ocasião, ela o questionou sobre os boatos de que era gay. O famoso, que se assumiu mais tarde, conta como se sentiu.

Quando ela fez a pergunta, eu me senti violado porque eu simplesmente não estava pronto para assumir minha sexualidade. Eu estava com muito medo. Ainda há um pouco de estresse pós-traumático em relação a isso”, afirmou.

Na sequência, o artista afirma que talvez teria se assumido gay naquele momento se pudesse voltar no tempo. “Teria sido ótimo porque quando eu me assumi, foi maravilhoso. Quando se trata da minha sexualidade, quando se trata de quem eu sou, eu quero falar sobre o que eu sou feito, sobre tudo que eu sou. Porque se você esconde isso, é uma situação de vida ou morte”, continuou.

Relacionamentos heterossexuais

Antes de finalmente “sair do armário”, Ricky Martin namorou publicamente com mulheres quando já estava famoso. E o ex-Menudo, que ficou casado por sete anos com uma apresentadora mexicana, garante que se apaixonou por todas as mulheres com quem se relacionou.

Sexualidade é uma coisa complicada. Não é preto no branco. É cheia de cores. Quando eu namorava mulheres, eu estava apaixonado por mulheres. Parecia certo, era lindo. Não dá pra fingir a química, a química estava lá. Eu não estava enganando ninguém”.

Governo Trump

No ano passado, Ricky Martin foi entrevistado pela revista Elle. O artista, que é nascido em Porto Rico, contou que a vida não foi tranquila nos últimos anos. Morador dos Estados Unidos, ele relatou as dificuldades em lidar com o governo Trump, que chegou ao fim em janeiro deste ano.

Eu, hispânico, gay, casado com um árabe, morando nos Estados Unidos na era Trump. Não é fácil. Não é. Mas não sou uma vítima. Pelo contrário. Vamos usar nossa voz para todos aqueles não podemos ouvir”, afirmou.

Por fim, o artista citou as ofensas. “Não podemos continuar brincando com termos ofensivos porque sempre foi assim, porque ‘ele é meu amigo e ele não se importa’. Temos que parar com isso. Eu não posso mudar o mundo, embora eu possa mudar para mim e para a minha família. Aceitar que com a minha palavra já machuquei sem saber. Agora quero ajudar“, encerrou.