Robbie Williams nunca pensou ao ficar famoso que sua vida seria tão complicada. Ele revelou que fez um contrato para matar a si mesmo no auge de seu sucesso.
O artista britânico participou do podcast Happy Place e falou sobre sua luta contra a depressão e a dependência química, e ainda sobre a possibilidade de ser agredido quando entrou na boyband Take That, em 1990.
“As pessoas queriam me bater em todos os lugares em que eu ia. Houve um contrato comigo para me matar em um ponto, o que é algo sobre o qual nunca falei”, disse ele para a apresentadora Fearne Cotton.
“Instantaneamente, minha vida foi vista através de um filtro e, em questão de cinco, seis, sete meses, fui catapultado para Marte em uma nave espacial. Esperava-se que eu soubesse como tripular aquela espaçonave e fazê-la pousar corretamente, cuidar de mim mesmo e estar seguro. E eu simplesmente não conseguia fazer isso; queria voltar à normalidade”, confessou.
Ele disse ainda que teve pensamentos suicidas, no momento que acreditou que sua carreira tivesse chegado ao topo. “Fui presenteado com a oportunidade de chegar ao topo da montanha. A certa altura, vendi o maior número de ingressos na história da música, consegui o maior contrato de gravação que alguém já havia tido na história da música. E eu queria me matar”, disparou.
Ele revelou que acreditava que quando deixasse de ser tão jovem como era naquele momento, todos os problemas iriam simplesmente desaparecer, pois foi levado a acreditar que aquilo eram ‘coisas da idade’.
“Quando você tem 24, 25, 26 anos, você pensa que, quando tiver 34, 35, 36 ou 37 anos, toda a depressão, auto-aversão e sensação de desconforto irão desaparecer, e você terá resolvido tudo. Então estou percebendo que não me consertou, e isso é assustador… Eu senti dor principalmente na segunda metade da minha vida”, completou ele.
“Isso é o melhor que posso sentir? É assim que vai ser pelo resto da minha vida? Eu vou ficar um tumulto? Vou sentir essa dor pelo resto da minha vida?”. O artista que já foi jurado do The X Factor UK, disse que começou a tratar a depressão e tomar remédios para a ansiedade.
“Eu como muito bem, durmo muito bem. Eu não toco em drogas e não bebo. Então, isso é vital para eu lidar as coisas, enquanto ser humano. É o suficiente para administrar. Além disso, tomo remédios para ansiedade. E a medicação funciona. Não tenho planos de deixar de tomá-la”. Perguntado sobre como está hoje em dia, ele disse que se sente bem, e que o segredo é sentir-se satisfeito. “Eu diria que a maioria das pessoas não é normal, mas muitas pessoas começam a se sentir dessa forma. Estar simplesmente ‘ok’ é o milagre”.
Comunicólogo balzaquiano, paulistano, e com experiência vasta nesse mundo virtual. Adorador de séries, filmes, quadrinhos, e tudo o que envolve a cultura pop.
