Susana Vieira desabafa sobre pandemia: “sentimento de estar morta”

Susana Vieira (Reprodução)
Susana Vieira (Reprodução)

Susana Vieira confessou que passar a pandemia distante de algumas pessoas e sem poder fazer algumas atividades foi algo difícil para ela. A declaração da famosa foi dada em entrevista ao programa Conversa com Bial, na madrugada desta quarta-feira (17).

Durante o programa, a artista comparou as limitações causadas pela pandemia como uma “morte figurativa”. Susana lamentou não conseguir fazer nada do que amava no período.

“Eu me senti várias vezes existencialmente, figurativamente, como se eu tivesse morrido. Porque o fato de eu enxergar, eu ouvir, eu comer, eu tomar banho, não tinha o menor sentido porque não era pra nada, eu não ia chegar a lugar nenhum. O que eu mais senti foi o sentimento de estar morta”, disse ela.

No entanto, após ficar mais lúcida sobre tudo o que estava acontecendo, a global, que está com 78 anos, falou que não se deixou abater pelo instante de depressão e afirmou que iria viver por muitos anos.

“Eu ainda acho que vou transar muito, ainda acho que vou beijar muito na boca. Ainda acho que alguém vai me abraçar muito e dizer que sou gostosa (…) Isso dentro de mim não me deixou morrer em vida”, declarou.

Tristeza durante quarentena

Em uma live no Instagram no último ano Susana Vieira já havia comentado sobre os reflexos negativos da pandemia em sua vida. A artista confessou que ficou muito deprimida neste período.

“Nunca vim à piscina na pandemia, porque eu estava deprimida. Não era uma depressão de tomar remédio, era uma depressão intelectual, porque a vida parou um ano. A gente valoriza tanto um minuto na nossa vida. E de repente o tempo virou nada. Os meus dias são nada. É como se eu não estivesse vivendo”.

“Mas o que me deixou deprimida foi o fato de a terceira idade estava condenada à morte pela imprensa e pelos próprios empregos. Na empresa em que eu trabalho, várias pessoas da terceira idade caíram fora!”, disse ela.

Ainda durante o bate-papo com os seguidores, a global falou sobre o câncer que teve. “Fiquei apavorada de tudo, de ser uma pessoa da terceira idade e de ter uma doença. Tenho uma leucemia linfocítica crônica que não tem cura. Ela é não curável. Tem que ser tratada”, afirmou.