Wanessa relembra gatilhos que desencadearam suas crises de pânico

Wanessa Camargo
Wanessa Camargo (Foto: Reprodução/Instagram)

Wanessa Camargo, cantora de 39 anos de idade, relembrou durante entrevista ao jornalista Rafael Godinho, da revista Quem, os gatilhos que desencadearam suas crises de pânico. A filha de Zezé e Zilu enfrentou o problema na época em que estava gravando a série É o Amor, da Netflix, ao lado da família.

“Durante muitos anos, estava ensaiando falar algumas questões que aconteceram ali na série. Eu tinha muita vergonha de falar que eu tinha bulimia, síndrome do pânico. Já tinha falado que muitas questões de pressão foram muito fortes na minha vida, junta com a cabeça que estava fraca a autoestima baixa. O destino pega a gente de calça curta.”, comentou ela.

A artista conta que, além da pressão na carreira e problemas de baixa autoestima, a perda de pessoas importantes em sua vida também contribuíram com suas crises de pânico.

“Quando estava começando a gravar a série, comecei a ter crise de pânico e eu não tinha há muito tempo. Perdi meu avô, o Aguiberto Santos (assessor pessoal), que trabalhava comigo, e muitas coisas que me deram gatilho. O pânico veio avassalador e eu vi que nunca tinha me curado dessas coisas”, revelou.

Decisão de expor as crises

Wanessa Camargo explicou ainda, o motivo de ter exposto suas crises na série: “Eu tinha duas hipóteses: começar a passar mal e pedir para desligarem as câmeras ou iria usar isso como algo maior do que eu mesma.”, destacou.

“Comecei a gravar e eu escondi, porque estava mais ou menos. Mas com a pandemia, ficamos quase dois meses sem gravar, as coisas pioraram muito e eu não tinha como segurar. Quando o Aguiberto morreu, em abril, fiquei sem chão, uma semana na cama, quase sem ver os meus filhos”, desabafou.

A cantora conta que, por conta das crises, passou um tempo isolada em um lugar recomendado pela atriz Fernanda Souza. “Fui para um lugar muito especial, que a Fê Souza me indicou e foi muito bom para a minha saúde emocional.”, disse ela.

“Fiquei lá alguns dias e me fortaleci, porque eu não queria tomar remédio. Entendi que sempre tive muita dificuldade de lidar com a morte, porque tenho muito medo de morrer. Depois voltamos a gravar a série e eu decidi expor tudo para ajudar outras pessoas que passam pela mesma situação”, explicou.

“Estou em um processo de autoconhecimento”

Por fim, a artista ressaltou que sua intensão em expor suas crises e fragilidades nunca foi fazer com que as pessoas sintam pena dela. “Aprendi que quando a gente compartilha a dor, ela se transforma em um processo de cura coletivo. E nunca quis me vitimizar. Detesto sair de coitada. Acho que é muito mais sobre força e coragem de encarar seus anseios e medos. Estou em um processo de autoconhecimento incrível, como jamais estive na minha vida”, afirmou.

“Estar com amigos me faz muito bem. Criei um grupo de karaokê das minas com minhas amigas e nos reunimos para beber e cantar. Estar com meus filhos também é ótimo, o Marcos, minha família toda. Mas o cantar me faz levantar na hora. Por isso comprei o karaokê. Quando estou para baixo, vou lá e canto um pouco. E eu me questionei por que eu só cantava quando estava no palco. Por que eu não cantava todos os dias? E isso me curou. Sou uma cantora de alma”, finalizou Wanessa Camargo.