William Bonner faz longo discurso sobre coronavírus no Jornal Nacional

William Bonner e Renata Vasconcellos na apresentação do Jornal Nacional; jornalista chamou a atenção com discurso comovente ao vivo (Imagem: Reprodução / TV Globo)

Jornal Nacional, exibido pela Globo, é o telejornal brasileiro mais visto da televisão e vem fazendo uma grande cobertura sobre a pandemia do novo coronavírus. Além disso, os apresentadores William Bonner Renata Vasconcellos seguem fazendo apelos ao público, pedindo que a população se cuide, evite sair às ruas e se proteja usando máscaras.

Durante a edição exibida na noite desta quarta-feira (6), entretanto, Bonner chamou a atenção ao fazer um discurso que emocionou muita gente. Assim que Vasconcellos informou que 615 brasileiros morreram em 24h em decorrência da Covid-19, o jornalista fez uma espécie de desabafo. “Você já nem deve lembrar, mas na quinta passada eram 5.901 mortos. Os números vão aumentando desse jeito, cada vez mais rápido, vão dando saltos. E vai todo mundo se acostumando, porque são números”, iniciou.

Desabafo

Na sequência, o apresentador, que também é editor-chefe do jornal, fez uma comparação. “Um número muito grande de mortes de repente, num desastre, sempre assusta. As pessoas levam um baque”, diz. Na sequência, o âncora relembrou que mais de 250 pessoas morreram em Brumadinho no início do ano passado, enquanto a queda do World Trade Center fez mais de três mil vítimas em Nova York, nos Estados Unidos.

“As mortes aconteceram de repente. Mas quando elas vão se acumulando ao longo de dias e de semanas como acontece na pandemia, esse baque se dilui e as pessoas vão perdendo a noção do que seja isso. Oito mil vidas acabaram. Eram vidas de pessoas, amadas por outras pessoas. Pais, filhos, irmãos, amigos, conhecidos. Aí o luto dessas tantas famílias vai ficando só pra elas, porque as outras pessoas já não têm nem como refletir sobre a gravidade dessas mortes todas, que vão se acumulando todo dia”, disse o jornalista.

Por fim, William Bonner relembrou que, naquele momento, o número passava de 8.500 mortes. “Amanhã, a gente não sabe. Quando é assim, o baque só acontece quando quem morre é um parente, um amigo, um vizinho ou uma pessoa famosa”, concluiu. A fala do jornalista rendeu milhares de compartilhamentos nas redes sociais, inclusive de famosos como Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank.

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