
Joaquin Phoenix ganhou mais um prêmio por sua atuação como Coringa. O ator levou para a casa o troféu de Melhor Ator no BAFTA (British Academy Film Awards) vencendo atores como Leonardo DiCaprio (Era Uma Vez em Hollywood), Adam Driver (História de Um Casamento), Taron Egerton (Rocketman), e Jonathan Pryce (Dois Papas), e falou sobre ser parte do racismo sistemático que toma conta da indústria cinematográfica ao receber o prêmio neste domingo (02).
“Me sinto em conflito porque muitos dos meus colegas atores que merecem, não têm o mesmo privilégio. Acho que enviamos uma mensagem muito clara às pessoas negras de que elas não são bem-vindas aqui. Eu não acho que ninguém queira um tratamento preferencial, as pessoas só querem ser reconhecidas, apreciadas e respeitadas por seu trabalho. Esta não é uma condenação auto justificada. Eu sou parte do problema”, disse o ator ao receber seu prêmio, em Londres.
“Temos que fazer um duro trabalho para entender o que é verdadeiramente o racismo sistêmico. Acho que é obrigação das pessoas que criaram, perpetuam e se beneficiam de um sistema de opressão que as desmantelam. Isso é nosso”, continuou o ator. A premiação enfrentou uma série de críticas pela falta de diversidade em suas quatro categorias de atuação.
Uma hashtag inclusive foi levantada pelos internautas: #BaftasSoWhite – em referência direta ao #OscarsSoWhite. O assunto foi tão debatido que nem o príncipe William ficou de fora de discussão e acabou falando sobre o assunto ao apresentar a produtora de Star Wars, Kathleen Kennedy.
“Nós temos conversado novamente sobre a necessidade de fazer algo mais para lidar com a diversidade no setor. Isso [como acontece atualmente] não pode estar certo hoje em dia. […] O BAFTA leva essa questão a série, e após as indicações deste ano, lançou uma revisão completa… para garantir que as oportunidades estejam disponíveis para todos”, completou.