Globo é condenada a pagar alta indenização para Izabella Camargo

Izabella Camargo foi uma das jornalistas mais importantes do time de contratados da Globo. A profissional trabalhou na emissora entre maio de 2012 e novembro de 2018, quando foi demitida após retornar de uma licença médica. Na época, ela foi diagnosticada com Síndrome de Burnout.

A doença é causada pela exaustão proveniente do excesso de trabalho. Assim que deixou a televisão, a comunicadora chegou a trabalhar como assessora do gabinete do ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas foi exonerada do cargo tempos depois.

Globo perde ação e terá que pagar indenização para Izabella Camargo

A Globo terá que desembolar a quantia de R$ 500 mil após perder uma ação para a ex-contratada Izabella Camargo. A derrota na justiça foi divulgada pelo site Notícias da TV e confirmada pelo UOL Splash.

De acordo com as informações, o valor diz respeito à segunda parte do acordo feito entre a profissional e o canal em 2019. O dinheiro estava na retido na justiça, pois a emissora havia dito que a jornalista quebrou uma cláusula do contrato assinado naquele ano, após dar uma entrevista ao Pânico, na Jovem Pan.

Para que recebesse a indenização de R$ 1 milhão, a Globo pediu para que Izabella Camargo não comentasse que desenvolveu Burnout por conta do seu trabalho na empresa. A famosa, por sua vez, não respeitou o acordo.

A primeira parcela de R$ 500 foi paga pela Vênus Platinada, mas havia conseguido a retenção da segunda. Porém, o TST (Tribunal Superior do Trabalho) reverteu duas decisões favoráveis ao canal, que haviam sido julgadas na 24ª Vara de São Paulo e pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho).

O tribunal entendeu que houve tentativa de censura contra a jornalista. Além disso, disseram que a sustentação da cláusula seria o mesmo que “que a reclamante não pode mencionar, em qualquer tempo, sua experiência pessoal ao ser demitida.”

A expectativa é que a decisão não seja mudada, mas a companhia da família Marinho poderá recorrer em até 15 dias. Procurada pelo Splash, a empresa disse que não fala a respeito de casos sub judice. A ex-jornalista do canal também não falou sobre o assunto, pois o processo corre em segredo de justiça.

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