A cantora Anitta usou seu perfil do Twitter neste último final de semana para fazer uma denúncia contra a brutalidade policial durante a operação policial na favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro.
A artista também chamou atenção para a morte de 25 pessoas durante a uma operação, que por sua vez era ilegal. Já que o Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu ocupações policiais em favelas cariocas durante a pandemia.
“A polícia brasileira desafia a justiça máxima do próprio país para matar. A cor da pele e o endereço define quem vai morrer. Ontem, isso ficou ainda mais evidente, quando 25 pessoas foram assassinadas de forma brutal e ilegalmente na favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro”, iniciou a cantora.
“Sem urgência e comunicação prévia, as operações policiais estão proibidas durante a pandemia. Mas a polícia civil do Rio de Janeiro invadiu casas, espalhando terror em uma das maiores favelas da capital, descumprindo sumariamente essa pré-determinação”, continuou.
Anitta disse que a operação entrou para a história como a maior chacina da história do Rio de Janeiro, sendo que algumas 13 dessas pessoas não eram consideradas criminosas pelo Estado.
“Com isso, o Rio ganhou a maior chacina de sua história. Das 25 pessoas mortas, 13 delas não eram investigadas pelo motivo que levou a polícia civil até à favela. Por que elas morreram? Por que tantas vidas foram postas em risco?”, questionou Anitta.
“Como se não bastasse, a chamada ‘operação de inteligência’ também atingiu inocentes dentro do metrô enquanto iam para o trabalho. Vale lembrar que o Brasil soma hoje 417 mil mortes pela covid 19 com 15 milhões de infectados. Chega!”, encerrou.
A polícia brasileira desafia a justiça máxima do próprio país para matar. A cor da pele e o endereço define quem vai morrer. Ontem, isso ficou ainda mais evidente, quando 25 pessoas foram assassinadas de forma brutal e ilegalmente na favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro. pic.twitter.com/YF3AERS8A4
— Anitta (@Anitta) May 8, 2021
A operação
Promovida pela Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), a operação Operação Exceptis tinha como objetivo prender 21 acusados de aliciar crianças e adolescentes para o tráfico de drogas, mas acabou tendo como vítimas pessoas inocentes, incluindo um policial.
O caso de Jacarezinho viralizou nas redes sociais e contou com o posicionamento de inúmeras personalidades brasileiras. Uma dessas pessoas foi a atriz Dira Paes, que usou seu perfil do Instagram para protestar sobre a brutalidade policial no Rio de Janeiro.
Na publicação, a global usou a imagem de um ônibus fuzilado por tiros e com o número 25 em destaque, número de mortes registrada no bairro. A atriz se disse envergonhada com o caso. “Luto, revolta e vergonha com este país armado, racista e sanguinário. Justiça!!!”, pediu a artista.
Formado em jornalismo pela UNIME Salvador, possui passagem por rádio, jornal e trabalha com público de internet desde 2016. Atualmente tem focado em projetos de audiovisual, cultura pop e celebridades.