Bruna Linzmeyer revela medo de perder trabalhos por namorar outra mulher

A atriz Bruna Linzmeyer (Imagem: Reprodução/Instagram)

A atriz Bruna Linzmeyer decidiu falar mais uma vez sobre sua vida pessoal. Em uma entrevista exclusiva concedida à colunista Patrícia Kogut, do jornal O Globo, a famosa revelou que teve receio de perder trabalhos quando assumiu, em 2016, o relacionamento com uma outra mulher. Ela explicou que se apaixonar por uma mulher foi algo natural.

“Na época, não foi um problema. O problema começou na pessoa que me olhava, se iniciou numa matéria de jornal, com os comentários dos leitores, com o medo de quem estava à minha volta… As pessoas e eu pensávamos que eu não conseguir mais trabalhar, não sabíamos o que ia acontecer com a minha carreira. E era um receio genuíno porque isso acontecia realmente. As pessoas perdiam papéis e contratos”, disse.

Representatividade

Na sequência, a atriz explicou que o termo “gay” não fazia com que ela se sentisse representada, já que, de modo geral, as pessoas usam esse termo na maior parte das vezes para falar de homens homossexuais. Por ser mulher, ela acredita que o termo “lésbica” é o mais adequado. E Bruna explica que foi aprendendo com o tempo a sigla LGBTQIA+ e tudo o que ela representa.

Foi uma construção coletiva porque, se eu não precisasse falar, eu não ia falar, entende? Falo porque eu preciso e porque é preciso para o mundo ser falado. Então, trato com carinho. São coisas que eu adoraria ter ouvido. E, pelo que recebo de retorno das pessoas, tem feito sentido para elas, tem feito bem esse deslocamento de olhar. Faço (essa representatividade) na maior alegria. Hoje em dia é parte de mim falar disso. Tenho escrito sobre isso, tenho feito histórias ficcionais. Então, isso virou meu ofício também”.

Feminismo

Por falar Bruna Linzmeyer, vale lembrar que recentemente ela fez uma participação especial em uma live ao lado de Natacha Cortês, da revista Marie Claire. Durante a conversa, Bruna falou de vários assuntos e defendeu o feminismo. “Fizemos uma curva recente no mundo sobre as questões feministas estarem mais na nossa boca, um assunto mais popular. Isso é falado na TV, consigo conversar com a minha vó ou a minha mãe”, disse.

E nós, mulheres, fomos construindo isso juntas. Esse é um ponto em comum que conecta todas as mulheres, apenas das nossas diferenças. Mulher não é no singular. Não existe A mulher, esse é um aprendizado tão complexo e tão simples ao mesmo tempo. Somos diferentes, com nuances cada vez maiores. Ser mulher é plural”.