Christina Rocha adora comandar o Casos de Família. A frente do programa há mais de 10 anos, a apresentadora já passou por alguns apuros durante as gravações, e não se intimidou com as câmeras ao brigar, gritar, e até colocar convidados para fora de seu palco.
Em uma entrevista para o UOL, ela revelou aquilo o que não suporta, e o que mais a tira do sério. Ela contou que ficou brava quando uma mulher que foi até o programa e sofria abuso por parte do companheiro não aceitou sua ajuda.
“Uma vez eu cheguei para uma moça que era do Nordeste e ofereci até passagem para ela. Ela me falou que gostava dele. A gente se frustrou. Apesar de estarmos no século 21 e com tantas campanhas, a mulher confunde abuso com amor. Acha que ele faz isso por amá-la. Elas mesmas falam das desculpas”, disparou a loira.
“Quando o homem bate na mulher. Tenho horror disso. Dá raiva porque teve uma vez que um cara chegou pra mim e perguntou se eu queria apanhar também. Se é nos Estados Unidos, a pessoa sai presa direto do programa, mas aqui no Brasil sabemos como funciona. A lei Maria da Penha está legal, mas ainda falta muito. Você fica com aquela cara de ‘ué’ porque não pode fazer nada”, criticou ela, respondendo a Otaviano Costa que esse tipo de caso a deixa atordoada.
Questionada sobre o desgaste da atração ela disse: “São histórias que são contadas de maneiras diferentes. Por exemplo, o homem que traiu a mulher, é vivenciado diferente. Às vezes os temas são repetitivos, mas a história é diferente. A maneira como a pessoa se envolveu, se comportou. O incrível desse programa é que ele atinge todas as classes sociais. Às vezes as pessoas falam ‘nossa, é verdade isso?’. As pessoas são meio hipócritas né? Todas as classes sociais tem traição, tem gente que se separa, gente que discrimina o filho porque ele é gay, o que eu acho um horror, então tem gente que não vai se expor na televisão obviamente, mas isso acontece em todas as famílias do mundo inteiro. O sucesso do programa, dessa fórmula é exatamente isso, é uma fórmula vencedora. Não só do Casos de Família, mas de todos os programas desse tipo”.
“Os casos são reais. Até me chateia um pouco quando as pessoas falam que os casos são armados. Se fossem armados, jamais eu Christina falaria que é verdade. Os casos são reais, claro que pode acontecer de a pessoa falar algo que não é verdade, mas quando a gente descobre, a gente corta o barato, e é uma produção enorme. É um programa difícil de fazer”.
Comunicólogo balzaquiano, paulistano, e com experiência vasta nesse mundo virtual. Adorador de séries, filmes, quadrinhos, e tudo o que envolve a cultura pop.
