Deborah Secco contou no programa Que História É Essa Porchat?, originalmente exibido no GNT e que está tendo reprises na Globo que chegou a apanhar de verdade quando estava interpretando Bruna Surfistinha para o filme de mesmo nome. A atriz explicou que durante o processo de filmagens na cidade de São Paulo, ela costumava andar pelas ruas vestida como a personagem, assim como Sergio Guizé, que interpretava o irmão de Bruna/ Raquel.
“A gente fez uma preparação fora do convencional. Pela primeira vez e única topei viver a história do filme em tempo real. Arrumamos um apartamento e todos os atores ficaram ali vivendo dias de família. A gente acordava, dormia, tomava café, eu ia tomar banho, em tempo real, sem câmeras. Um belo dia veio um papelzinho escrito ‘Deborah fuja de casa’, enviado pelo nosso preparador de elenco, aí arrumei minhas coisas de Raquel [personagem], peguei um ônibus, parei pra comprar um cigarro, eu não fumo, mas Raquel fumava. Quando cheguei no lugar que era para eu ir, que era o tal puteiro, já fui recebida por Drica Moraes, já na personagem, e ela me deixou amedrontada. Eu fui para vários lugares e ninguém me reconhecia, mas o ápice foi em outro momento”.
Ela explicou que neste processo, eles acabaram fazendo uma cena ali mesmo na rua em que Sergio acabava encontrando Bruna e a confrontando publicamente. Ao sair correndo assustada, uma mulher, que segundo Deborah, era dona de um boteco, lhe ofereceu abrigo no estabelecimento contra o ‘irmão furioso’, mas acabou a agredindo também.
“A mulher escondeu a gente atrás de uma parede falsa, onde tem as máquinas de caça-níquel. E a gente ficou ali, eu chorava e a mulher ‘cês são tudo puta!’, e me batia”, relembrou Deborah que não quis revelar que eles estavam apenas dentro de seus personagens inclusive caracterizados como tal.
Fabio Porchat chegou a questionar se a tal mulher era uma atriz do filme, e Deborah explicou que não, mas como a tal não a reconhecia, ela continua na personagem, e implorou para que ela não chamasse a polícia. “A gente chorando, querendo aproveitar aquela emoção que estava super incrível, para entender as angústias da personagem”.
Ela ainda explicou que isso aconteceu mais de uma vez. Em outro momento, ela chegou a encontrar Guizé na rua mais uma vez, e eles repetiram a cena, mesmo sem nenhuma câmera por perto, e foram surpreendidos pelo clamor dos populares que estavam em torno naquele momento. “Quando ele veio, veio uns trinta para bater nele. ‘Larga ela, larga ela!’ A polícia chegando! A gente falou que era mentira, era um filme, e disseram: ‘Mentira nada, para de defender ele!’”, disse ela deixando outros convidados como Mumuzinho e Maria Clara Gueiros chocados com a história.
Comunicólogo balzaquiano, paulistano, e com experiência vasta nesse mundo virtual. Adorador de séries, filmes, quadrinhos, e tudo o que envolve a cultura pop.
