Equipe de Pantanal enfrenta pressão e trabalho pesado

Alanis Guillen (Juma Marruá) em cena de Pantanal, a nova novela das nove da Globo (Foto: Reprodução/TV Globo)
Alanis Guillen (Juma Marruá) em cena de Pantanal, a nova novela das nove da Globo (Foto: Reprodução/TV Globo)

A nova versão de Pantanal estreia na faixa das 21h da Globo na próxima segunda-feira (28) como grande aposta do canal. A produção do remake da trama de Benedito Ruy Barbosa, no entanto, rendeu um trabalho pesado.

Cenógrafo do folhetim, Alexandre Gomes de Souza contou que as fazendas que conheceram reuniram o pacote de cenários que necessitavam. O profissional disse que os locais foram os melhores encontrados para representar as cenas da história.

“Quando viajamos ao Pantanal para a escolha das locações, não sabíamos exatamente o que esperar. Sabíamos, é claro, da exuberância e da riqueza da região e era o que buscávamos. Ao chegar, visitamos algumas fazendas e conhecemos toda aquela região da Nhecolândia”, contou.

“Ao nos depararmos com tudo aquilo, não havia dúvidas de que havíamos encontrado o local ideal, que não por coincidência foi o mesmo local onde as gravações aconteceram há mais de trinta anos. É um dos lugares mais bonitos do Pantanal e, com o empenho de toda a equipe, da produção e da direção, conseguimos viabilizar as gravações lá novamente”, declarou ele.

Foram seis fazendas que nos deram suporte direto, sendo três delas usadas como locação, contendo rio, casa, árvores, descampado, baías e tudo mais que era fundamental para as nossas cenas”, explicou.

Pressão nos bastidores

Gerente de produção de Pantanal, Andrea Kelly expôs a pressão que é refazer uma novela que marcou época na década de 90. A profissional afirmou que é uma responsabilidade muito grande.

A pressão que a gente tem é a do clássico que estamos colocando no ar. Uma obra enorme, uma novela que não é convencional. Uma logística muito diferente do que estamos habituados a fazer. Um lugar inóspito, com coisas que você não está acostumado a lidar nas grandes cidades. É um santuário. É impressionante”, disse.

“Isso te dá uma sensação de responsabilidade muito grande, de como você vai levar todas as pessoas pra lá e respeitar cada pedaço daquela terra, uma coisa incrível. A primeira produção foi genuína, uma coisa muito orgânica. O Pantanal é místico”, completou ela.

A produção de Pantanal

A equipe da novela da Globo escolheu um local em que a cidade mais próxima fica a cerca de quatro horas. Um lugar rodeado por fazendas e a natureza selvagem. As fazendas serviram como apoio para a produção da trama, seja servindo como hospedagem, para gravação ou almoxarifado.

“Foram 12 caminhões para contemplar todo o material de produção, produção de arte, cenografia, figurino, caracterização e tecnologia – estimamos algo em torno de 144 toneladas de material, contou a gerente de produção Luciana Monteiro, que detalhou a logística da viagem.

“Tivemos que fazer o transbordo para caminhões 4X4 a fim de levar para dentro do Pantanal. Para cada caminhão baú, usávamos em média três ou quatro caminhões 4X4”, explicou a profissional.

As gravações da novela realizadas no Pantanal no segundo semestre do ano passado mobilizaram diretamente cerca de 150 pessoas entre funcionários das fazendas, transporte, equipe e elenco. Essa movimentação toda aconteceu para gravar somente entre 30 e 40% da trama.

“Estive no Pantanal três vezes antes de começarmos a gravar. Muita coisa estava prevista. Sabíamos que seria difícil, por exemplo, a questão de combustível. Era preciso ter que comprar e estocar para atender gerador, barco; trazer os equipamentos e as pessoas; o transbordo de tudo que vem do Rio em caminhão baú… Mas ainda assim, sempre aparecia algum imprevisto”, disse Luciana.