Escolha de Xuxa para versão BR de Rupaul Drag Race divide opiniões

Xuxa Meneghel no Encontro (Reprodução)
Xuxa Meneghel no Encontro (Reprodução)

A suposta escolha da Rede Globo de colocar Xuxa Meneghel no comando da possível versão brasileira do reality RuPaul’s Drag Race causou o maior burburinho nas redes sociais nesta última quarta-feira (25). O caso dividiu opiniões entre apoiadores e críticos.

A situação se iniciou logo após o site NaTelinha divulgar que a emissora carioca está em processo de produção da competição de drag queens que é fenômeno mundial. O projeto tem sido realizado em total sigilo e deve estrear no canal Multishow em 2022.

As informações apontam que a eterna rainha dos baixinhos até ganhou aval do próprio RuPaul Charles, apresentador e criador da versão original do programa.

Nas redes sociais, internautas afirmaram que o programa poderia abraçar a diversidade e colocar uma pessoa LGBTQ+ à frente da atração. Nomes de drag queens como Nany People, Silvetty Montilla, Bianca Dellafancy e Lorelay Fox, foram sugeridos. Além das cantoras Pabllo Vittar e Gloria Groove.

“É UM ABSURDO tirar a oportunidade de uma pessoa LGBT apresentar o programa e colocar a XUXA no lugar. É um desrespeito com as drags desse país. Prefiro mil vezes assistir o “Queen Stars” da Pabllo Vittar no HBO”, escreveu o influenciador Spartakus Santiago no Twitter.

“Nada contra Xuxa, mas o incômodo dela à frente do Drag Race BR não tem nada a ver com ser contra mulheres cis fazendo drag. Colocar como protagonista uma pessoa desconectada da arte drag faz parecer que drag é só colocar uma peruca, ao invés de ser um movimento de contracultura”, refletiu um internauta.

Saiu em defesa

No entanto, há quem defenda a escolha de Xuxa para o comandar a atração. Alguns internautas apontam que a apresentadora poderia ser importante para atrair anunciantes e também para levar a cultura LGBTQ+ para outros espaços. Também foi apontado o histórico de luta da loira junto à comunidade.

“Entendo escolherem a Xuxa como uma estratégia: para além do talento dela, o programa precisa de patrocínio. Quantas marcas vc acham que apoiaram o projeto se a apresentadora fosse Silvetty, Nany, Lorelay, Rita, Bianca ou qualquer outra drag queen?”, disse a drag queen e influenciadora Bianca DellaFancy.

E completou: “Isso escancara a falta de artistas lgbt+ fazendo sucesso no mainstream por falta de oportunidade, por falta de investimento$ na nossa arte, e é uma pena. Espero que seja um sucesso, e que convidem pro júri artistas que fazem de fato parte da comunidade. Meu e-mail tá na bio”.