Conhecida por ter atuado desde a infância na TV, a atriz Fernanda Nobre abriu o jogo sobre a profissão e revelou que sofreu abuso psicológico quando criança. Segundo ela, não tinha o desejo de ser atriz, mas acabou tomando esse caminho por influência da irmã mais velha que tinha esse desejo.
Ela que ainda é lembrada por ter interpretado a mimada Bia, em Malhação: Múltipla Escolha de 2000 a 2002, contou tudo para o ator Guilherme Logullo em seu canal no YouTube: “Eu passei por muita coisa, por abuso. Não abuso físico. Mas, abuso emocional, psicológico, coisas que poderiam ser evitadas…”
“Não é um ambiente para criança [a TV]. Hoje em dia tem o Juizado de Menores. Hoje em dia o camarim das crianças é separado dos nossos. Mas, na minha época não. E, eu fui emendando uma coisa na outra na televisão… (…) Fico vendo o meu currículo e não teve um ano que eu não tenha trabalhado, da minha infância. Então, tudo ficou muito prejudicado: os estudos, a questão social… Tudo foi um pouco prejudicado”, disparou.
Ela contou ainda que sempre foi uma criança muito doente, por causa da asma, e que isso a impediu de ter uma infância normal. “Eu nunca fui uma criança que queria ser atriz, sabe, que fazia teatro na escola. Não, eu nem pensava nisso. O meu histórico infantil foi o de uma criança muito doente. Eu quase morri várias vezes. Eu tinha uma asma muito violenta, então, eu tive umas 11 pneumonias até os 9 anos de idade. Eu era uma criança que tinha uma infância muito restrita”.
“Eu não podia andar descalça, eu não podia ir na piscina, eu não podia fazer brincadeira de correr, pique esconde, essas coisas assim, porque eu ficava com asma. Eu não podia rir, eu não podia gargalhar, porque gargalhar dava asma… Então, foi muito restrita”, acrescentou. “Eu me levava muito a sério. Hoje, eu olho para trás e, cara, com 21 anos eu estava casando. Com 23 anos eu estava comprando um apartamento. Com 24, eu me senti muito… Me levava muito a sério. Não podia errar. Para a existência, eu acho que é pesado para uma criança […] Eu não colocaria a minha filha”, disparou sobre o ambiente da televisão.
Comunicólogo balzaquiano, paulistano, e com experiência vasta nesse mundo virtual. Adorador de séries, filmes, quadrinhos, e tudo o que envolve a cultura pop.
